Efeito da irrigação com água salina e da lamina de lixiviação na salinização do solo e na produção do feijão (Paseolus vulgaris L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Villa, Segundo Tomas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20231122-100939/
Resumo: Na área experimental do Departamento de Engenharia Rural da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, no Município de Piracicaba, S.P., estudaram-se os efeitos da qualidade da água de irrigação e da lâmina de lixiviação na salinização do solo e na produção de feijão (Phaseolus vulgaris L.). O experimento foi conduzido em dezoito parcelas de 2,0m de largura e 2,5m de comprimento, em solo de Terra Roxa Estruturada (Oxic Paleudalf). Nas parcelas foram instalados tensiômetros e extratores de solução do solo, tendo sido cada uma isolada das vizinhas através de um lençol plástico colocado até um metro de profundidade para evitar contaminação dos sais de uma para outra. Os tratamentos foram definidos pela aplicação da agua de irrigação com três concentrações salinas C1, C2 e C3 de condutividade elétrica respectivamente de 750, 1500 e 2250 micronhos/cm (dS/m x 10-3 ) a 25°C. Para isso foi preparada uma mistura dos sais solúveis bicarbonato de sódio, cloreto de cálcio e cloreto de magnésio na proporção de 470, 1140 e 1840mg da mistura em um litro de água comum. O controle da irrigação foi feita pelo tensiômetro instalado a 15 cm de profundidade, e as parcelas foram irrigadas quando o potencial matricial atingiu -0,5 atm. A lâmina de irrigação foi composta pela demanda da cultura mais a lâmina de lixiviação calculada para cada tratamento. Por ocação das precipitações as parcelas foram protegidas por uma cobertura plástica. Para conhecer a variação da concentração dos sais solúveis no perfil do solo, tanto espacial como temporal, foram realizadas amostragens da solução do solo nos intervalos de profundidades de 0-15, 15-30 e 30-60 cm, no inicio do experimento, antes e após a floração e na época da colheita. A análise estatística experimental foi inteiramente casualizada com parcelas sub-subdivididas com três tratamentos e seis repetições. Os resultados obtidos mostraram um aumento da salinidade no perfil do solo de forma proporcional aos crescentes níveis de concentração salina da água de irrigação. O acumulo de sais no perfil foi maior na primeira camada estudada, onde a condutividade elétrica do extrato de saturação ao final do experimento passou de um valor inicial médio de 0,187 mmhos/cm para respectivamente 0,544 ; 0,822 e 1,115 mmhos/cm para as águas C1, 2 e 3. Analogamente, na segunda camada, a salinidade aumentou de 0,149 mmhos/cm para 0,191; 0,318 e 0,424 mmhos/cm e na terceira camada aumentou de 0,125 mmhos/cm para 0,130; 0,157 e 0,170 mmhos/cm sempre para as três qualidades da água de irrigação. Em relação à cultura os resultados mostraram que os parâmetros de produção e altura das plantas medida no início da floração, não foram afetados de maneira significativa pelas diferentes concentrações salinas da água de irrigação. As lâminas de lixiviação sempre foram calculadas, para cada tratamento, em função da tolerância da cultura e da qualidade da água aplicada. Elas se mostraram eficientes ao impedir prejuízos na produção. Por outro lado elas impediram que a salinidade no perfil atingisse níveis iguais aos das águas de irrigação.