Efeito das radiações gama e ultravioleta em isolados de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin, 1883 e sua utilização visando o controle da Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Almeida, Luiz Carlos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11133/tde-20240301-154238/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito das radiações gama e ultravioleta em isolados do fungo Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin, e a utilização deste patógeno visando o controle da broca- da cana, Diatraea saccharalis (Fabr.). Foram conduzidos diversos experimentos nos laboratórios de: Controle Biológico do IAA/PLANALSUCAR – Araras - SP, Entomologia da ESALQ/USP e Radioentomologia do CENA-ESALQ/USP – Piracicaba - SP. Através dos padrões eletroforéticos, os isolados foram reunidos em 2 grupos com zimogramas semelhantes: grupo 1 (SPL-3F, PL-2, PL-5 e PL-17) e grupo 2 (PL-7 e PL-28). Com estes isolados, estudou-se o efeito da radiação gama, utilizando-se uma fonte de Co-60, empregando-se doses de 25 a 800 krad. Através dos valores da DE-50 de cada isolado, determinou-se que a ordem crescente de resistência à radiação gama foi: PL-17, PL-5, SPL-3F, PL-2, PL-7 e PL-28. Da mesma forma, foi avaliado o efeito da radiação ultravioleta (2.537 Å) na viabilidade dos conídios, empregando-se tempos de 20 a 90 segundos de exposição. Calculando- se as DE-50 dos isolados determinou-se que a ordem crescente de resistência à radiação ultravioleta foi: PL-17, PL-28, PL-7, SPL-3F, PL-5 e PL-2. Com os dados da DE-50 dos diversos isolados, para os dois tipos de radiação, determinou-se que o efeito de 1 segundo da radiação ultravioleta equivale ao efeito de 2,41 krad da radiação gama. Para determinar o efeito de doses de conídios viáveis de M. anisopliae para o controle de ovos da broca da cana, em condições de laboratório, foram utilizadas quatro dosagens, aplicadas nas posturas por imersão e por gota. Analisando a viabilidade dos ovos, sete dias após a inoculação, determinou-se que as doses da ordem de 106 conídios por postura apresentaram aproximadamente 100% de eficiência no controle. A patogenicidade do M. anisopliae foi estabelecida para ovos de D. saccharalis, de diferentes idades quando inoculados uma única vez, com concentrações semelhantes do ingrediente ativo para dois produtos: técnico e formulado. Através dos resultados obtidos, concluiu-se que 50% dos ovos podem ser colonizados pelo fungo com 3,72 dias de idade para o produto técnico e 3,48 dias para o produto formulado, e que os ovos com idade de 1 a 3 dias apresentaram taxa de mortalidade superior a 79% para os dois produtos. Estudou-se também o efeito de diferentes dosagens de M. anisopliae sobre larvas da broca da cana, em condições de laboratório. A mortalidade das larvas e pupas de D. saccharalis apresentaram nos diversos tratamentos uma correlação positiva com o tempo, após a inoculação do fungo. Através das equações lineares obtidas, estimou-se a LT-50 para cada dose do fungo. Analisando a mortalidade em função das dosagens, determinou-se que a LD-50 para larvas e pupas de D. saccharalis foi de 1,1 x 105 conídios/larva no 6º dia e de 5,5 x 104 conídios/larva no 9º dia após a inoculação do fungo. Para avaliar a aplicação do M. anisopliae em condições de campo, foram realizados 2 ensaios, no primeiro efetuou-se uma aplicação direcionada da suspensão de conídios sobre posturas da broca da cana e no segundo, a pulverização foi realizada sobre posturas previamente colocadas nas folhas da cana. As dosagens utilizadas foram de 100, 200 e 300 g de conídios/ha. Pelos resultados obtidos nestes ensaios, verificou-se que a massa foliar da cana-de-açúcar dificultou a deposição dos conídios sobre as posturas de D. saccharalis.