Interação entre o fungo Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok., 1883 e os principais parasitóides da broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Folegatti, Maria Elisabete Geraldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220208-013739/
Resumo: A presente pesquisa visou determinar as possíveis interações entre o fungo Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. var. minor (Padrão A), isolado PL-43, e os principais inimigos naturais da broca da cana-de-açúcar representados por Apanteles flavipes (Cam.), Metagonistylum minense (Towns.) e Panatheresia claripalpis (Wulp.), já que ambos, patógeno e parasitos, vem sendo utilizados conjuntamente nas regiões canavieiras, do Nordeste do país. Para se verificar a natureza dessas interações, a praga foi submetida a 8 diferentes condições, combinando-se a inoculação pelo fungo com as inoculações pelos parasitos em três fases de seu desenvolvimento, nas temperaturas de 22, 26 e 30°C. Os parâmetros avaliados nesse experimento foram a porcentagem de mortalidade da praga em cada condição, período de desenvolvimento dos parasitos em lagartas de D. saccharalis, período pupal dos parasitos e porcentagem de emergência dos mesmos. Constatou-se que a aplicação conjunta do M. anisopliae associado aos parasitos da broca da cana foi mais eficiente que a aplicação do fungo isoladamente e também que a inoculação do fungo não foi prejudicial aos parasitos quando este foi inoculado 1, 3 e 6 dias após a inoculação das lagartas com os parasitos. A ação direta do fungo sobre pupas e adultos dos parasitos foi também avaliada nas temperaturas de 22, 26 e 30°C, aplicando-se o patógeno na concentração de 107 conídios/ml de suspensão. As pupas dos três parasitos foram inoculadas por imersão e os adultos foram inoculados através do contato com recipientes infestados pelo fungo, não tendo sido observado casos de infecção desses estágios pelo M. anisopliae. Concluiu-se finalmente, que é possível a utilização conjunta do M. anisopliae e os parasitos da broca dentro de um esquema de manejo integrado das pragas da cana-de-açúcar.