Entre foices e engrenagens: crise, mobilidade do trabalho e a contradição urbano-agrário no estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Avanzi, Kauê
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-20052019-104033/
Resumo: Esta dissertação pretende dar conta de elaborar uma reflexão que conecta dois pontos no Estado do Paraná Sul do Brasil onde a contradição urbano-agrário no capitalismo, do ponto de vista da lógica dialética, se expressa de maneiras distintas, no entanto, vejo possibilidade de aproximações. Por um lado Curitiba, cidade limpa, organizada e planejada, ícone internacional do urbanismo e do planejamento urbano a nível metropolitano; por outro o município de Porecatu, no assim chamado Norte Novíssimo deste mesmo estado (KOLHLHEPP, 2014), onde a modernização da agricultura gera e intensifica conflitos no campo que têm a posse e/ou propriedade da terra como mote, e onde a resistência dos movimentos camponeses tem sua origem no Brasil Durante o trabalho de pesquisa pude me confrontar com problemas que apareciam no plano teórico como dotados de uma grande complexidade, uma vez que estive de frente a fenômenos e conceitos que foram trabalhados no contato das periferias da Geografia Agrária com as da Geografia urbana. Ao trabalhar neste recorte, é possível evidenciar aquilo que, por muitas vezes, é desprezado tanto pela Geografia Urbana quanto pela Geografia Agrária por se tratarem de fenômenos que transitam entre um pólo e outro da contradição urbano-agrário no Brasil. Para tal, me utilizo da teoria da implicação e análise institucional (ALTOÉ, 2004; BAITZ, 2006; LOURAU, 1988) como método de pesquisa, buscando adentrar o mais profundo possível no tecido da vida cotidiana dos sujeitos que vivem na pele o processo de urbanização crítica (DAMIANI, 2004) assim como sua expressão na produção e reprodução do espaço.