Avaliação estrutural e funcional da mácula nos pacientes com retinopatia diabética proliferativa submetidos à panfotocoagulação associada a injeções intravítreas de bevacizumabe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Preti, Rony Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-18032013-153010/
Resumo: INTRODUÇÃO: O presente estudo avaliou o tratamento com injeções intravítreas de Bevacizumabe (IVB) associadas à panfotocoagulação (PFC) da retina na retinopatia diabética proliferativa (RDP) de alto risco com ou sem edema macular (EM). MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, prospectivo, aberto e mascarado composto por pacientes com Diabetes melitos (DM) tipo 2. A acuidade visual (AV) foi medida com a tabela Early Treatment Diabetic Retinopathy Study e a sensibilidade ao contraste (SC) pela da tabela Vistech Consultants Incorporation 6500. Os pacientes foram submetidos a exame de angiofluoresceinografia para observação de neovascularização retiniana e isquemia macular e à tomografia de coerência óptica (OCT), para se obter a espessura foveal (EF) e o volume macular (VM). Após os exames, um dos olhos do mesmo paciente foi randomizado para realizar somente PFC, grupo controle (GC), e o outro para PFC associado a injeções IVB, grupo de estudo (GE). A hemorragia vítrea (HV) e a presença de complicações também foram avaliadas. RESULTADOS: Dos 42 pacientes incluídos, 35 completaram o estudo. A média de idade foi de 56±8 anos, com predominância do gênero masculino 21 (60%). Vinte e seis (74%) pacientes eram portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica com média de duração de 9±10 anos. A média de duração do DM foi de 18±9 anos sendo 23 (66%) usuários de insulina e 21 (68,5%), fácicos. A AV e a SC não demonstraram diferença entre os grupos no total da amostra. O GE demonstrou melhora em comparação ao GC na EF no 1º mês, e no VM nos 1° e 3º meses de seguimento. Quanto aos 12 pacientes com EM bilateral somente a EF demonstrou redução no GE no 1º mês de seguimento. Ao se avaliar os grupos separadamente, o GC apresentou agravamento da AV e SC durante todo seguimento. Houve também aumento da EF nos 1º e 6º meses e VM nos 1º , 3º e 6º meses de seguimento. O GE demonstrou estabilização da AV, SC, EF e VM. Correlacionado às funções visuais, AV com a SC, toda vez que houve piora da AV esta foi acompanhada pelo agravamento da SC em todos os momentos no GC e GE. Quando correlacionadas as AV e SC com as EF e VM, toda vez que a espessura macular aumentava, havia piora da função visual. Dos sete pacientes excluídos do estudo por apresentarem HV, cinco integravam o GC e dois o GE. Não houve aparecimento de catarata, endoftalmite e/ou aumento significativo da pressão ocular. CONCLUSÃO: Na RDP de alto risco, o uso adjuvante de injeções intravítreas de Bevacizumabe associadas à panfotocoagulação da retina pode estabilizar a AV, SC, EF e VM, diminuir a incidência de HV e reduzir a da espessura macular. Em relação à correlação entre as variáveis, quando houve piora da AV, esta foi acompanhada da piora da SC e o aumento da EF e VM causaram piora da AV e SC