Ensaio clínico randomizado comparando triancinolona e bevacizumabe para tratamento do edema macular diabético persistente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues Júnior, Murilo Wendeborn
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-05102020-112015/
Resumo: Comparar os efeitos sobre a acuidade visual e espessura macular, observada à tomografia de coerência óptica (TCO), de injeções intravítreas de bevacizumabe (IVB) \"pro re nata\" (PRN) mensal ou triancinolona (IVT-PRN) trimestral durante 24 semanas no tratamento do edema macular diabético (EMD) persistente a 24 semanas de IVB-PRN. Casuística e Métodos: Foi realizado estudo prospectivo randomizado em 73 pacientes (100 olhos) com EMD. Os pacientes inclusos foram submetidos aos exames oftalmológicos na visita basal e mensalmente até a 48a semana. Durante as primeiras 24 semanas, os olhos foram tratados com IVB-PRN se a espessura retiniana no subcampo central (ERSC) fosse superior a 300 micrômetros (&micro;m) à TCO. Após 24 semanas, os olhos que apresentavam EMD persistente com ERSC >300&micro;m à TCO eram aleatoriamente designados para receber IVB-PRN ou IVT-PRN durante 24 semanas conseguintes. Resultados: Cinquenta e cinco pacientes (74 olhos) concluíram as 48 semanas de seguimento. Na 24a semana, 65 de 82 olhos (79,3%) obtiveram ERSC >300&micro;m e foram randomizados a continuarem com terapia de IVB-PRN (Grupo I, n=33 olhos) ou trocados para terapia IVT-PRN (Grupo II, n=32). Ainda na 24a semana, 17 de 82 olhos (20,7%) obtiveram ERSC &le;300&micro;m e continuaram com terapia de IVB-PRN (Grupo III, n=17). Na 48a semana, não se verificou diferença estatística na média da ERSC entre os randomizados grupos I e II (p=0,9995), assim como o grupo III não apresentou diferença estatística em relação a cada grupo randomizado I (p=0,8711) e II (p=0,059). Em relação à melhor acuidade visual corrigida (MAVC), na 48a semana não se observou diferença estatística da MAVC entre os grupos randomizados I e II (p=0,4473), assim como o grupo III não apresentou diferença estatística em relação a cada grupo randomizado I (p=1,000) e II (p=0,4463). Nas primeiras 24 semanas, a análise de todos os grupos em relação à visita basal da pressão intraocular (PIO), assim como a análise comparativa entre todos os grupos não demonstraram diferença significativa em relação à visita basal e em qualquer visita de seguimento (p>0,05). A partir da 24a semana o grupo II apresentou aumento significativo (p<0,05) desde a 28a semana até a 44a semana em relação á visita basal. A análise estatística entre os grupos a partir da 24a semana demonstrou diferença estatística do grupo II em relação ao grupo I (p<0,05) nas semanas 32 e 44. Os grupos usuários de IVB (grupos I e III) não apresentaram diferença estatística sobre aumento da média da PIO após a 24a semana até o final do estudo. O número de pacientes que requereu colírios antiglaucomatosos foi significativamente elevado no Grupo II quando comparado aos Grupos I e III (p<0,05). Um olho (3.2%) do Grupo II necessitou cirurgia filtrante, tipo trabeculectomia, após dois meses da randomização. Conclusões: O tratamento prologado com IVB-PRN ou a troca por IVT-PRN demonstrou efeito similar na ERSC após 24 semanas de randomização, mas em relação à MAVC os grupos usuários de IVB não apresentaram piora significativa em relação à visita basal ao final do estudo e ainda demonstraram menor risco de hipertensão ocular.