Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Damiani, Paulo Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23152/tde-04032017-115431/
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Resumo: |
O interesse em conceitos como \"padrão de vida\" e \"qualidade de vida\" foi inicialmente partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu qualidade de vida (QV) como: \"A percepção que o indivíduo tem sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações\". Trata-se de um conceito amplo que expressa sua subjetividade e multidimensionalidade, e que considera aspectos positivos e negativos da vida na sua elaboração. As fissuras labiopalatinas são as anomalias craniofaciais mais comuns, afetando, em média, uma criança a cada 600 nascimentos (World Health Organization, 2002). O protocolo de tratamento dos pacientes com fissuras labiopalatinas é complexo, deve ser instituído logo após o nascimento e exige o trabalho de uma equipe de especialistas, seguindo uma abordagem interdisciplinar. Estes pacientes necessitam de acompanhamento clínico constante devido aos distúrbios estéticos, funcionais e psicológicos. Um aspecto importante a ser considerado é a sua qualidade de vida e, particularmente, como eles próprios vêem e compreendem os componentes de formação do seu bem-estar. O objetivo deste trabalho é avaliar a QV de jovens, portadores de fissura labiopalatina em atendimento no ambulatório da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, por meio de um instrumento específico o YQOL-FD (Youth Quality of Life Instrument - Facial Differences), desenvolvido pelo Seattle Quality of Life Group (SeaQol) e elaborado especificamente para adolescentes com deformidades crânio faciais. O YQOL-FD é composto de 48 itens, questões e afirmações que avaliam cinco domínios: capacidade de adaptação; consequências positivas; autoimagem negativa; consequências negativas; estigma. A execução do trabalho foi dividida em três etapas: validação linguística; validação psicométrica; estudo da relação dos domínios de QV entre si e com as variáveis propostas. A validação linguística do YQOL-FD foi um processo complexo que seguiu as instruções do Manual de Validação Linguística, fornecido pelo SeaQol, de acordo com as normas internacionais. Foram feitas as traduções e retro-traduções pelos consultores da equipe de trabalho, com o grupo de Seattle supervisionando todo processo. Para a validação psicométrica o questionário YQOL-FD foi aplicado em 20 pacientes, que responderam por duas vezes o questionário em um intervalo de 15 dias (teste e re-teste), obtendo-se um grau de consistência elevado (coeficiente Alfa de Cronbach 0,949) e alta reprodutibilidade (80%). Na terceira fase 56 pacientes foram avaliados para o estudo dos domínios da QV e análises das variáveis: tipo de fissura; gênero; faixa etária. Os escores do YQOL-FD sugerem que os pacientes avaliados apresentaram alteração moderada em sua QV. Na análise das variáveis não encontramos significância estatística para tipo de fissura e faixa etária, enquanto que para o gênero, no domínio consequências positivas houve significância estatística (p=0,017), onde as meninas apresentaram média de escores maiores (59,64%), quando comparadas com os meninos (43,18%). Conclui-se que: a qualidade de vida dos pacientes com fissura labiopalatina se mostrou satisfatória; os pacientes fissurados não apresentaram expressiva autoimagem negativa; o tipo de fissura, considerando a lateralidade, não mostrou relação com a qualidade de vida; não houve correlação entre o gênero e a qualidade de vida; não houve relação entre a faixa etária e a qualidade de vida. |