Alma e corpo: um estudo sobre mente, sofrimento e deficiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cavalheiro, Andrea de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-13032017-110139/
Resumo: Esta tese é um estudo sobre a mente, a alma ou o espírito humano para entender o sofrimento. Entre as questões interdependentes estão o corpo, a materialidade e o simbólico. A deficiência é o objeto empírico de reflexão. Apontamos a mente enquanto: razão, em suas operações (filosófica, científica, prática e artística); desejos e sensações. Explicamos que o sofrimento e a felicidade são da ordem da mente. O sofrimento são condicionamentos mentais irracionais, que geram perturbações, ações e consequências equivalentes. São pedidos de inteleção. Descrevemos quatro deles: medo, desejo irracional, orgulho e carência. A felicidade é a ausência de sofrimento, uma mente em paz, obtida através da lapição de si. Explicamos que deficiência não é sofrimento. Detalhamos a razão científica em suas operações para definir o real, seja interno ou externo à mente (identificar indícios, dividir complexidades e fazer hipóteses e constatações). Para tanto, utilizamos comparações entre a medicina medieval e a moderna. Tratamos da materialidade, do corpo, da matéria orgânica viva, que também possui racionalidade. Explicamos o patológico, a anomalia e sua relação com a deficiência. Por fim, detalhamos o simbólico, o âmbito dos conteúdos mentais e seus compartilhamentos. Tratamos da distinção entre natureza e cultura e da criação do real. Mostramos operações do sofrimento na interação. Abordamos a explicação social da deficiência. Descrevemos conformações histórico-sociológicas que associam deficiência a: sofrimento e compaixão, abordando as Santas Casas de Misericórdia e escolas católicas para surdos e cegos; doença e anomalia, abordando a medicina moral, a degenerescência, a eugenia, o ensino dos anormais e a reabilitação; construção social, abordando os direitos humanos, o ativismo e a academia. Os principais interlocutores da tese são Descartes, Aristóteles, São Tomás de Aquino, Canguilhem, Lévi-Strauss e Geertz.