Comparação da reação induzida em variedades de feijoeiro por isolados dos complexos de vírus do mosaico comum da soja e do feijoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Bianchini, Anésio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-151042/
Resumo: Foram inoculadas, em casa de vegetação e fora desta, 20 variedades de feijoeiro com o vírus do mosaico comum da soja (VMCS) e com o vírus do mosaico comum do feijoeiro (VMCF). Os testes tiveram por objetivo estabelecer diferenças na sintomatologia induzida pelos dois vírus, em variedades comumente cultivadas no Estado do Paraná, que permitissem a diagnose desses em condições de campo. As 20 variedades testadas dividiram-se em três grupos, segundo a reação destas aos complexos VMCS e VMCF : 1 - variedades suscetíveis aos dois complexos de vírus, e reagindo com mosaico: Jalinho, Mãezinha, Paulista, Pinto Nacional, Rosinha e Roxinho; 2 - suscetíveis ao VMCF, reagindo com mosaico e clorose, e resistente ao VMCS, reagindo com lesões locais cloróticas sem apresentar mosaico : Carnaval, Goiano Precoce e Jalo; 3 - resistentes hipersensíveis às duas viroses, reagindo frequentemente com necrose sistêmica: Aeté 1/38, Aroana, Bolinha (preto), Chumbinho, Coco Blanchi, Graxa, Moro, Olho de Pomba, Painão, Rio Tibagi e Vinagrinho. As variedades do primeiro grupo, Jalinho e Mãezinha, mostraram um mosaico mais severo, e a var. Roxinho reagiu com mosaico evidente somente aos isolados F2 do VMCF e S0 e S2 do VMCS. A var. Carnaval, do segundo grupo, apresentou algumas manchas cloróticas sistêmica aos isolados S1 e S2 do VMCS. Nas variedades do terceiro grupo a reação de hipersensibilidade apareceu com maior frequência na época mais quente do ano, de novembro a março. A var. Rio Tibagi, entretanto, apresentou necrose sistêmica durante todas épocas do ano em que foi inoculada. O VMCS induziu um mosaico sempre mais severo que o induzido pelo VMCF nas variedades suscetíveis. As plantas infectadas distinguiram-se das infectadas com o VMCF pela tendência de desenvolver sintomas de “mosaico em colherinha”. De todos isolados, o S3 e S1 foram os que induziram mosaico mais severo causando eventualmente morte apical ou da planta inteira nas variedades Jalinho e Mãezinha. Sintomas necróticos, locais e sistêmicos, também foram mais frequentemente induzidos pelo VMCS que pelo VMCF. Nas inoculações com o vetor o VMCF induziu necrose sistêmica com maior frequência que com inoculações mecânica. Para o VMCS, a indução de necrose sistêmica foi maior com inoculação mecânica que com o vetor, resultado esse, que foi atribuído à baixa eficiência do vetor em transmitir o vírus. Em inoculações em folhas destacadas das variedades Rio Tibagi e Coco Blanchi, o VMCS induziu lesões necróticas em pintas enquanto o VMCF não induziu nenhuma lesão. Testes com misturas de isolados do VMCS e VMCF inoculados simultâneamente na mesma planta e a intervalos de 4 dias, entre a inoculação de um isolado e outro, mostraram sintomas intermediários que indicam relação de parentesco entre eles. Embora tenham ocorrido diferenças na sintomatologia das duas viroses, causada pelo VMCS e VMCF, estas não foram frequentemente suficientes para permitir uma diagnose positiva do vírus causal em condições de campo, necessitando-se de testes adicionais em laboratório ou casa de vegetação em hospedeiros diferenciadores, completar a identificação do vírus.