Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Brossi, Patrícia Monaco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-29102007-114908/
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Resumo: |
A doença articular, especificamente a osteoartrite é uma das enfermidades mais prevalentes e mais debilitantes que acomete os cavalos, tendo um grande impacto econômico na indústria eqüina. Assim sendo, a investigação contínua e avanços na área terapêutica são de fundamental importância. A osteoartrite é uma doença degenerativa que pode ser deflagrada por uma série de fatores e onde, ultimamente, todos os tecidos articulares encontram-se comprometidos. Não obstante, é na degradação da matriz extracelular da cartilagem articular que ocorrem os eventos de maior expressão e repercussão. Na gênese da degradação da matriz extracelular encontra-se um desequilíbrio entre os processos anabólicos e catabólicos responsáveis pela homeostase normal da cartilagem articular e pela adaptação deste tecido às forças que sobre ele incidem. Estes processos são orquestrados por proteínas anabólicas, como, por exemplo o fator de crescimento tipo insulina 1 (IGF-l), e por citocinas inflamatórias que, de forma contrária, são responsáveis pela depleção de colágeno e de proteoglicanas da matriz, representando o grupo de proteínas catabólicas, cujo exemplo clássico é a interleucina-1. A interleucina-1 tem papel central nos processos fisiopatológicos da osteoartrite por desencadear vários eventos catabólicos nos sinoviócitos e condrócitos, incluindo a indução de gens de metaloproteinases e agrecanases e de outros mediadores inflamatórios como a cicloxigenase, a prostaglandina E2 e as espécies reativas do oxigênio. Seus efeitos biológicos se verificam após a ligação com dois tipos de receptores específicos e são modulados pela ocorrência natural de uma proteína antagonista destes receptores. O presente estudo procurou observar os efeitos antiinflamatórios desta proteína antagonista do receptor (IRAP) no líquido sinovial de equino através do emprego da técnica de citometria de fluxo. Nos ensaios observou-se que: 1-a adição de IRAP às células de líquido sinovial estimuladas in vitro por LPS e PMA reduziu a liberação de espécies reativas de oxigênio produzidas por elas; 2 - o plasma, quando utilizado como controle, exibiu efeitos semelhantes aos do IRAP sobre as células de líquido sinovial ativadas in vitro; 3- o efeito antiinflamatório deve-se mais à variação na intensidade de produção de espécies reativas do oxigênio do que à flutuação no percentil de células do líquido sinovial engajadas em sua geração, in vitro. Estes resultados suportam a aplicabilidade terapêutica do IRAP® pelo efeito antiinflamatório verificado sobre as células do liquido sinovial avaliadas por citometria de fluxo. Eles corroboram, ainda, para o uso da citometria de fluxo como instrumento eficaz na avaliação da produção de espécies reativas de oxigênio por células do líquido sinovial ativadas pelos estímulos de LPS e PMA, tanto quantitativamente como qualitativamente. |