Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Dutra Junior, José Ailton |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-03102014-164144/
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Resumo: |
O presente estudo tem por finalidade descrever a interação conflituosa entre o nacionalismo árabe e o Líbano entre 1952 e 1967. Nesses anos ocorreu a ascensão do nacionalismo árabe, que teve na figura do presidente egípcio Gamal Abdel Nasser a sua principal liderança. Seu objetivo era promover a luta dos povos de língua árabe contra a dependência tecnológica e dominação econômica e/ou política dos países capitalistas centrais, situados na Europa Ocidental e América do Norte. Bem como desenvolver suas sociedades e combater os setores conservadores internos, aliados dos poderes capitalistas ocidentais e pouco interessados em uma modernização mais profunda ou uma grande melhoria nos padrões de vida das classes populares. O objetivo último dos nacionalistas árabes era a unidade de todos os povos árabes em algum tipo de estrutura estatal. No Líbano a ideia da unidade árabe era mais difícil de realizar, pois uma parcela importante da sua população, os cristãos maronitas, não se viam como árabes e buscaram criar um estado separado para eles no começo do século XX, com apoio de uma potência colonial europeia com quem se identificavam e tinha laços históricos: a França. No entanto, para que o Líbano pudesse existir como estado independente viável economicamente, após a II Guerra Mundial, tiveram os cristão maronitas de entrar em acordo com a população muçulmana, particularmente os sunitas, e aceitar que o Líbano tinha uma face árabe. Esse acordo, conhecido como o Pacto Nacional, garantiu a existência do Líbano e permitiu que este se tornasse um entreposto comercial e financeiro no Oriente Médio, algo desejado tanto por suas elites cristãs (maronita e outras), como pelas muçulmanas. Mas, enquanto o Líbano experimentava um grande crescimento econômico na década de 1950, as suas regiões muçulmanas eram mantida em grande parte alheias a esse crescimento. O resultado foi o seguinte: as populações muçulmanas passaram a questionar a preponderância cristã e viram em Nasser e no nacionalismo árabe um meio para isso. Suas lideranças tiverem que segui-las, enquanto a população cristã, particularmente os maronitas, sentia-se ameaçada. Estas tensões, mescladas às ambições do presidente Camille Chamoun e ao cenário da Guerra Fria, conduziram a guerra civil de 1958. Posteriormente, entre 1959 e 1964, em um governo de unidade nacional, o Presidente Fuad Chehab tentou promover a unidade nacional, fazer investimentos do estado nas regiões muçulmanas, criar um esboço de segurança social e regular o liberalismo desenfreado do país. Seu fracasso parcial e o mau tratamento da população de refugiados palestinos por suas forças de segurança abriu caminho para a grande guerra civil de 1975-1990 |