Eficácia fotoprotetora do ácido rosmarínico associado a filtros UVA e UVB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bispo, Maíra de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-19052022-170403/
Resumo: O conhecimento dos malefícios que a exposição à radiação ultravioleta (UV) promove na pele conduziu à conscientização da população para a utilização rotineira de fotoprotetores, tanto quanto, ao avanço nas pesquisas científicas com o intuito de melhorar a eficácia e segurança dessas formulações. Filtros solares tem a capacidade de refletir e/ou absorver a radiação UV, porém, não demonstram eficácia relevante contra os radicais livres. Os produtos naturais, em especial os compostos fenólicos, apresentam atividade antioxidante, assim, selecionou-se o princípio ativo de origem natural, ácido rosmarínico, um éster do ácido cafeico, com comprovados benefícios para o tecido cutâneo. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia fotoprotetora in vitro e in vivo de um sistema fotoprotetor contendo avobenzona e p-metoxicinamato de octila, associados ou não ao ácido rosmarínico. As amostras fotoprotetoras foram preparadas com os filtros UV em duas concentrações distintas, contendo ou não o ácido rosmarínico a 0,05% (p/p) ou a 0,10% (p/p). A eficácia fotoprotetora foi determinada por espectrofotometria de refletância difusa com esfera de integração (Labsphere® UV2000S Ultraviolet Transmittance Analyzer), obtendo-se os valores de fator de proteção solar (FPS) in vitro e comprimento de onda crítico (nm). Os valores de FPS in vivo foram determinados por meio protocolo amplamente reconhecido. Formulações fotoprotetoras contento p-metoxicinamato de octila e avobenzona, associados ou não ao ácido rosmarínico, foram preparadas como emulsões O/A, com valores de pH compatíveis com o da pele. As amostras de melhor desempenho quanto à eficácia in vitro foram as F3 e F5, contendo 0,10% (p/p) do ácido rosmarínico; 10,0% (p/p) do filtro UVB p-metoxicinamato de octila; 2,5% (p/p) e 5,0% (p/p) de avobenzona, respectivamente. Nesta investigação, as amostras F1, F3 e F5 desenvolveram perfil de fotoinstabilidade na condição experimental adotada. O ácido rosmarínico 0,10% (p/p) demonstrou capacidade para elevar o valor de FPS in vivo da amostra F5 (10,0% (p/p) p-metoxicinamato de octila e 5,0% (p/p) de avobenzona) em mais de 43%, em comparação com F1 e F3, com constatado efeito sinérgico com o filtro UVA. Em função dos resultados dessa investigação, é permitido sugerir que a incorporação de compostos naturais com propriedades antioxidantes pode reduzir a proporção dos filtros UV tradicionais no produto final, com a vantagem de fornecer demais propriedades funcionais aos dermocosméticos. Investigações adicionais de concentrações mais elevadas de ácido rosmarínico e outras combinações de filtros UV podem agregar mais informações de relevância para o desenvolvimento de protetores solares ibioativos multifuncionais.