Caracterização tipológica das fraturas faciais e perfil epidemiológico das vítimas de acidentes motociclísticos atendidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mendonça, Arthur Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-25102019-121218/
Resumo: A letalidade induzida por acidentes motociclísticos pode ser considerada como uma nova epidemia, característica dos tempos modernos. O traumatismo facial causado por acidentes desta natureza impõe às vítimas grandes desafios que afetam, em última análise, a qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi a identificação das principais zonas de fragilidade da face, por meio da análise de tomografias computadorizadas, realizadas em motociclistas envolvidos em acidentes automobilísticos, atendidos com vida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), entre dezembro de 2014 e janeiro de 2017. Foram analisados 322 prontuários de pacientes internados no HC-FMUSP e extraídos os dados: sexo, idade, ocorrência de óbitos, tempo de internação hospitalar e tipos de fraturas faciais presentes. Não houve intervenção nos pacientes. O desfecho primário foi a descrição da frequência e distribuição de fraturas faciais encontradas. Os desfechos secundários foram o detalhamento da amostra com relação ao sexo, idade, tempo de internação e letalidade. Os ossos mais fraturados foram: órbita (33,5%, N=108), seio maxilar (25,8%, N=83) e nasal (24,2%, N=78). Uma análise de agrupamentos demonstrou a existência de dois grandes grupos de ossos fraturados. A amostra constituiu-se predominantemente de pacientes do sexo masculino (90,4%, N=291), na faixa etária de 20 a 39 anos (69,9%, N=225), com média de tempo de internação hospitalar de 14,7 dias, sendo que 9,9% (N= 32) vieram a óbito. Este estudo constituiu a maior série de casos de fraturas faciais causadas por acidentes motociclísticos, podendo servir como embasamento para condutas terapêuticas visando diminuir o número e a gravidade de traumas com esta etiologia, que hoje atingem escala global