Perfil audiológico de adultos com e sem hipertensão arterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Soares, Mariana Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-24062014-114748/
Resumo: Introdução: Sabe-se que muitas pessoas sofrem de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e indivíduos cada vez mais jovens estão apresentando este quadro. A HAS pode causar várias complicações na saúde geral do indivíduo, em virtude do comprometimento da circulação sanguínea, o que pode afetar até mesmo o sistema auditivo. Porém, os estudos encontrados na literatura, até o momento, são bastante controversos quanto à influência ou não da HAS no sistema auditivo periférico. Objetivos: Verificar se existe influência da hipertensão arterial no sistema auditivo periférico, por meio dos achados na audiometria de altas frequências, nas emissões otoacústicas transientes e produto de distorção, comparando grupos de indivíduos normoouvintes pela audiometria convencional, com e sem HAS; e identificar se alguma das variáveis referentes às avaliações realizadas pode ser utilizada para discriminar os indivíduos nos grupos com ou sem HAS. Método: Participaram deste estudo 40 sujeitos de 30 a 50 anos, divididos em grupos com e sem hipertensão arterial. Todos os indivíduos foram submetidos à meatoscopia, imitanciometria, audiometria tonal nas frequências de 250 Hz a 16000 Hz, logoaudiometria, emissões otoacústicas evocadas transientes e emissões otoacústicas produto de distorção. Resultados: Não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos com e sem HAS na audiometria convencional e em altas frequências. Para as emissões otoacústicas evocados por estímulo transiente, houve tendência à diferença estatisticamente significante, com as respostas do grupo com HAS piores que do grupo sem HAS. Já as emissões otoacústicas produto de distorção, nas frequências de 1501, 2002 e 3003 Hz, apresentaram diferenças estatisticamente significantes, sendo que o grupo com HAS apresentou amplitudes menores. A análise discriminante mostrou que as variáveis das emissões otoacústicas produto de distorção foram as que melhor discriminaram os indivíduos com e sem HAS. Conclusão: Nossos achados sugerem presença de disfunção coclear em indivíduos com hipertensão arterial, uma vez que as respostas das emissões otoacústicas foram piores no grupo com HAS