Validação de metodologia para análise de procimidona em morango e determinação de seus resíduos na fruta \"in natura\" e produtos processados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cerri, Fabiana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Jam
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-15122008-145419/
Resumo: O morango utilizado pela indústria alimentícia tem seu sabor e aroma bastante valorizados e apreciados, quando comparado com outras frutas. Entretanto, é um produto muito delicado e altamente perecível, exigindo, assim, o uso de técnicas adequadas de colheita e pós-colheita. Para manter sua qualidade e quantidade de produção, observa-se um aumento do uso de agrotóxicos para minimizar prejuízos causados por pragas e doenças do campo. Porém, os pesticidas podem deixar resíduos persistentes nos alimentos e o seu consumo in natura ou industrializado pode ficar comprometido, colocando em risco a saúde do consumidor. Assim, este trabalho teve por objetivo estudar a influência do processamento de morangos, como, minimamente processado, geléia e polpa frente aos resíduos do fungicida procimidona. Em experimento de campo foi aplicado o produto Sumilex 500 WP nos seguintes tratamentos: A testemunha (sem aplicação); B uma única aplicação de 300 g p.c. 100 L-1 água (150 g i.a. 100 L-1 água) e C 3 aplicações sucessivas de 300 g p.c. 100 L-1 água (150 g i.a. 100 L-1 água), com intervalos de 7 dias entre elas. As amostragens foram iniciadas no dia anterior a aplicação do tratamento B (-1 dia) e aos 0, 1, 3, 5, 10 e 15 dias, sendo amostrados frutos in natura, para posterior processamento, como minimamente processado, geléia e polpa. O método de análise consistiu na extração dos resíduos de procimidona com acetato de etila, limpeza do extrato (clean up) feita por cromatografia de exclusão por tamanho molecular de alta eficiência - GPC e determinação quantitativa feita por técnica de cromatografia em fase gasosa acoplado a detector de captura de elétrons - CG/ECD. O método analítico apresentou recuperação em torno de 85,5% com desvio padrão de 7% e limites de quantificação de 0,00076 mg.kg-1 e detecção de 0,00023 mg.kg-1. Os valores de procimidona encontrados em morango não excederam o LMR (3 mg.kg-1) estabelecido pela legislação brasileira, em qualquer um dos períodos de coleta das amostras. Nos tratamentos que receberam aplicações no campo (B e C) os níveis de procimidona decresceram no decorrer do tempo, tanto para o morango in natura como para os produtos processados de morango. Os valores de meia vida de degradação foram de 7-8 dias para ambos os tratamentos. Não houve redução significativa nos níveis de resíduos encontrados no morango in natura, assim como para os obtidos na polpa e minimamente processado. Porém, uma considerável degradação de procimidona foi observada no processo de cozimento, apresentado pela baixa concentração de resíduos na geléia. De maneira geral, a procimidona apresentou maiores níveis no morango in natura e menores na geléia de morango (produto final).