Cadernos do outro mundo: o Fórum Social Mundial em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Giovanni, Julia Ruiz Di
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-26092013-100157/
Resumo: A presente tese é uma reflexão etnográfica sobre o processo de constituição do Fórum Social Mundial (FSM) como experiência política particular, vinculada à realização de encontros internacionais anuais na cidade de Porto Alegre (RS, Brasil) entre 2001 e 2005, no contexto mais amplo de protestos, encontros e debates associados ao ciclo contestatório dos movimentos antiglobalização ou alter mundialistas. Partindo da análise de textos produzidos a respeito do FSM, de documentos de registro da dinâmica organizativa e de memórias institucionais e pessoais de participação neste processo, este trabalho elabora algumas sínteses a respeito da relação entre a forma de práticas e discursos e os modos de produção dos sentidos das experiências políticas contemporâneas. A tese contribui para reforçar as análises qualitativas e críticas a respeito do fenômeno complexo do Fórum Social Mundial, através de uma perspectiva antropológica que tem como base exercício etnográfico de atenção e descrição dos usos particulares de categorias generalizantes tais como estratégia, metodologia e memória. Voltada para a dimensão processual e expressiva dos modos de fazer e modos de dizer coletivos, este trabalho busca destacar densidade de significados e a historicidade das linguagens da ação política, a partir de inspirações teóricas retiradas das análises das práticas cotidianas, que permitem aproximações entre as antropologias da arte e dos rituais às da política e do conflito.