Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Abrão, Fatima Maria da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-10122006-181609/
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Resumo: |
Este estudo teve como objeto a pré-institucionalização da Enfermagem profissional na cidade do Recife, Pernambuco, num dado campo organizacional, cujos antecedentes remontam às práticas oriundas das formas de organização hospitalar e das formas de organização escolar, expressas nos discursos dos agentes, tanto no campo da saúde como no da educação. Trata-se de estudo histórico-social, cujo recorte temporal compreende o período de 1922 a 1938, sendo o marco inicial o lançamento da pedra fundamental do Hospital do Centenário, ambiente institucional do estudo. O marco final ocorre com a sua desapropriação. A pesquisa apóia-se principalmente em fontes primárias, consultando-se periódicos e documentos de importantes acervos institucionais: Santa Casa de Misericórdia do Recife, Arquivo Público Jordão Emerenciano, Fundação Joaquim Nabuco, Arquivo Nacional, Biblioteca Pública de Pernambuco, Biblioteca Nacional, Academia Santa Gertrudes, Memorial de Medicina, Academia de Medicina, Mosteiro de São Bento de Olinda, Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças da Universidade de Pernambuco e Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. Utilizou-se também depoimentos de informantes chave, como o da ex-aluna da Primeira Turma da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças. A teoria institucional e o pensamento de Pierre Bourdieu foram os referenciais teóricos do estudo. Os achados apontam para um campo organizacional emergente, visto a partir do Hospital do Centenário, além da chegada ao Recife de enfermeiras alemãs. Contudo, não se dá a criação de uma Escola para Enfermeiras como era esperado, pois os valores e as crenças dos agentes não foram compartilhados durante todo o período estudado, juntamente com as bases cognitivas e normativas necessárias na formação do campo organizacional. O contexto delineado percorre um período entre guerras, compreendendo, a Primeira e Segunda Repúblicas e início do Estado Novo. No campo emergente, nota-se a predominância de um modelo médico sanitário, com ênfase na Educação Sanitária. Na formação do campo organizacional da Enfermagem, foi possível destacar a luta dos agentes no campo da saúde e educação, sendo visível a diversidades de escolas, sobressaindo-se a ênfase nos cursos para visitadoras de saúde pública, o que leva à apreensão das disputas também existentes no campo da Saúde Pública e Hospitalar. Não menos importante foi o foco envolvendo a Igreja e o Estado, os quais irão dominar a luta pelo domínio do capital simbólico, definido pelas relações de forças entre dois agentes, que exercerão nítida influência na criação da futura Escola para Enfermeiras, nos idos de 1945. Nesse ínterim serão as Visitadoras de Saúde Pública e/ou Educadoras Sanitárias ou Educadoras de Higiene, que atuarão criando e dando forma às bases precursoras da Enfermagem na cidade do Recife (Pernambuco) |