Competências gerais na área da saúde: implicações na formação de profissionais de enfermagem de nível médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Linder, Maria Estela Freire da Palma
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19122008-152531/
Resumo: O presente estudo analisou as competências gerais da educação profissional para a área da saúde apontadas na Resolução CEB n° 4/1999, e buscou referências teóricas para a construção de competências específicas na formação de profissionais de enfermagem de nível médio, tomando como eixo de análise as quatro dimensões propostas por Paulo Amarante e o conceito de competência humana de Neise Deluiz, que apontam para o caráter multidimensional do processo do cuidado no campo da saúde. Para isso, realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa, utilizando como recurso metodológico, a análise documental. Na dimensão epistemológica, foi considerado o processo saúde-doença em sua complexidade, como competência profissional, que aponta para o desafio de rupturas com o modelo biológico. A dimensão técnico-assistencial assinala para a busca de competências como produção de atos terapêuticos nos serviços de saúde orientados para o cuidado integral na organização do processo de trabalho, que considere o acolhimento dialogado, o trabalho em equipe, a responsabilidade, autonomia e a ética como formas de transformar espaços de cura, para uma rede de produção de subjetividades e sociabilidade. As dimensões jurídico-política e sociocultural, destacam a importância dos direitos humanos e sociais e a necessidade da mudança cultural como forma de romper com a visão tradicional marcada por preconceitos, pela discriminação, pela não aceitação da diferença. A cidadania, como possibilidade de experiência participativa na comunidade, foi a competência considerada como relevante para que os profissionais de enfermagem possam ser agentes capazes de transformar a realidade na busca da emancipação social. Consideramos no final deste estudo, que a construção de competências específicas para a formação de profissionais de enfermagem de nível médio depende da compreensão de que a educação e a saúde são práticas sociais, cabendo às instituições de ensino profissionalizante estimular a construção de conhecimentos, de comportamentos e atitudes que comprometam professores e alunos na realização de projetos coletivos, que são a concreta possibilidade de mudança e transformação para a busca de uma sociedade mais justa e equânime.