Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pehrson, Moysés Estevão de Souza Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97132/tde-14092016-163724/
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Resumo: |
As infecções causadas por patógenos intestinais gram-negativos são importantes fontes de prejuízos na criação de animais domésticos como bovinos, ovinos, suínos e aves. Em muitos casos, opta-se pela administração de antibióticos de amplo espectro para prevenção destas infecções e atenuação das perdas. No entanto, esta prática apresenta risco para a saúde humana, bem como contribui para seleção de cepas resistentes. Nos últimos anos, muito tem se discutido a respeito de novas alternativas para atenuar os prejuízos mencionados sem apresentar o mesmo risco. Uma destas alternativas é a utilização de micro-organismos que apresentam propriedades probióticas que sintetizam substâncias inibitórias sobre espécies de patógenos intestinais. Esta abordagem praticamente elimina o risco de desenvolvimento de resistência aos antibióticos de uso clínico, além de evitar a presença de resíduos nos produtos de origem animal. O termo \"probiótico\" é utilizado atualmente para definir micro-organismos que, administrados em doses e frequências adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Nos últimos anos, diversos estudos têm sido desenvolvidos envolvendo quatro cepas de Lactobacillus (L. acidophilus ATCC 4356, L. casei ATCC 7469, L. fermentum ATCC 9338 e L. plantarum ATCC 8014) com resultados promissores no tocante às suas características probióticas. Desta forma, a proposta deste estudo foi avaliar a capacidade destas cepas em relação à produção de substâncias que apresentam atividade inibitória sobre espécies patogênicas, intestinais gram-negativas, especificamente Escherichia coli 0112, Escherichia coli 0124, Escherichia coli 0127, Shigella sonnei ATCC 25931, Shigella dysenteriae ATCC 13313, Salmonella enteritidis ATCC 13076. Para tanto, foi avaliada a atividade inibitória de substâncias presentes no sobrenadante livre de células de cada cepa. Adicionalmente, foi realizada a caracterização presuntiva das substâncias responsáveis pela inibição do crescimento microbiano quando os respectivos sobrenadantes foram submetidos a diferentes tratamentos (catalase, enzimas proteolíticas, tratamento térmico e neutralização do pH). A estratégia adotada consistiu na avaliação do crescimento, determinado por turbidimetria, das cepas patogênicas na presença do sobrenadante in natura e tratado. Os valores de absorbância foram analisados estatisticamente pelos testes de ANOVA e Tukey e os resultados mostraram que os sobrenadantes in natura de L. acidophilus ATCC 4356 L. casei ATCC 7469 e L. plantarum ATCC 8014 foram capazes de inibir 5 das 6 cepas dos patógenos intestinais estudadas em níveis de inibição variando de 23% a 53%, sendo que a cepa S. dysenteriae ATCC 13313 não teve seu crescimento inibido pelas cepas de Lactobacillus avaliadas. Demonstrou-se também que apenas o sobrenadante in natura de L. fermentumATCC 9338 apresentou atividade inibitória sobre esta cepa, cujo percentual de inibição variou entre 20% e 35% e entre 36% e 65% para as demais cepas patogênicas. A avaliação dos resultados relativos ao crescimento das cepas patogênicas na presença dos sobrenadantes in natura e tratados revelou que o efeito de inibição observado foi devido a presença de ácidos orgânicos que provocou o abaixamento do pH. Demonstrou-se ainda a ausência de substâncias peptídicas e termolábeis ativas contra as cepas patogênicas avaliadas, bem como peróxido de hidrogênio nos respectivos sobrenadantes. |