Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Caldas, Marina Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-09012018-181955/
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Resumo: |
A presente dissertação tem como objetivo investigar a sedimentação sócio-histórica do romance de estreia de Charlotte Brontë, Jane Eyre (1847), a partir de seu foco narrativo. Ao atentar à fortuna crítica da obra, em especial às resenhas que seguiram a publicação do romance e às críticas materialista e feminista, distinguem-se duas tendências, dois modos de entender Jane Eyre. Por meio da análise de trechos do romance, visa-se ilustrar como essas duas vias de leitura são possíveis por conta da posição ambígua da narradora-personagem dentro da sociedade vitoriana. Expandindo o conceito de Terry Eagleton do in between, argumenta-se que, por estar sempre em uma posição entre as classes alta e baixa e por desejar inserção, Jane relata e denuncia as violências que permeiam a sociedade vitoriana e, ao mesmo tempo, incorpora o discurso dominante, mesmo quando esse vai contra ela mesma. Entende-se, assim, que o romance retrata a situação contraditória da classe média e o impacto de viver nessa posição na própria consciência do indivíduo, isto é, na sua visão de si e do mundo, como observado na voz da narradora de Jane Eyre. |