O ensino de linguística no Brasil (1960-2010): efeitos do processo de institucionalização da disciplina na configuração curricular dos cursos de Letras e Linguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sugiyama Junior, Ênio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-22032021-193609/
Resumo: O objetivo central desta tese foi apresentar uma historiografia do ensino de Linguística produzida a partir da documentação oficial dos cursos de Letras e dos programas de Linguística das universidades federais, além dos quatro cursos de graduação em Linguística existentes no país. A cobertura temporal deste trabalho partiu da década de 1960 e parou no ano de 2010. O mapeamento realizado por este trabalho classificou 8.167 (oito mil, cento e sessenta e sete) componentes curriculares presentes em 134 currículos dos cursos de graduação em Letras e Linguística. Dos currículos dos cursos de Letras, foram mapeados, ainda, 2.220 (duas mil duzentas e vinte) entradas de conteúdo, e 883 (oitocentas e oitenta e três) indicações bibliográficas presentes em parte das ementas dos componentes curriculares obrigatórios associados à Linguística. A partir da apresentação desses mapeamentos foram destacados três movimentos relacionados com o ensino de Linguística no Brasil. Os dois primeiros tinham como objetivo destacar os efeitos do processo de institucionalização na configuração dos cursos de Linguística, seja por meio das atuações que as diferentes instituições desempenharam para garantir a autonomia da disciplina, seja pela relação que a Linguística manteve com os centros de produção de conhecimento, em especial o estruturalismo produzido na Europa e nos Estados Unidos. O terceiro buscou destacar como os próprios instrumentos criados para a regulação dos cursos atuaram para consolidar a Linguística brasileira como uma Linguística de recepção.