Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Auricino, Thais Barabba |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42138/tde-11082023-091004/
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Resumo: |
Durante o desenvolvimento e diferenciação da glândula adrenal, a zona fetal (FZ) sofre um processo de regressão e diferenciação dando origem à zona definitiva (zD) do córtex adrenal. Em humanos, o zD dá origem às zonas glomerulosa (ZG) e fasciculada (ZF) entre os 2-4 anos de idade, enquanto a diferenciação da zona reticulada (ZR) ocorre entre os 6-9 anos de idade. Em camundongos, a zona fetal é chamada de zona X (zX), que nos machos regride durante a puberdade (21-30 dias de vida) e nas fêmeas após a primeira gestação. Recentemente, resultados publicados pelo nosso grupo, em camundongos knockout (KO) SF-1/SOCS3 KO, mostrou a retenção da zX em machos adultos e em fêmeas pós-parto. Portanto, tivemos como hipótese que a via JAK/STAT/SOCS3 pode desempenhar um papel na diferenciação da glândula adrenal. Para testar essa hipótese, primeiramente, confirmamos que SOCS3 não está expresso exclusivamente em células que expressam o fator SF-1, como nas adrenais e testículos, em camundongos KO, e dessa forma confirmamos o modelo de camundongo KO para SOCS3 que obtivemos. Depois verificamos a condição de ativação da via JAK/STAT nesses animais, e detectamos um aumento da proteína STAT3 fosforilada, em relação ao controle, com e sem o estímulo da Interleucina-6, o que sugere que, devido a ausência de SOCS3, inibidor da via JAK/STAT, esta via está mais ativa nos camundongos KO. A caracterização morfológica da adrenal, através da coloração por HE e da localização da zX através da enzima CYP17A1, em camundongos machos KO e fêmeas virgens com 3, 8, 15 e 30 semanas de idade e de fêmeas pós-parto, mostrou retenção da zX independentemente da idade analisada. Além disso, diferentes marcadores moleculares da zX, como o enhancer específico da adrenal fetal (FAdE), Pik3c2g e gene da enzima 20ΑHSD foram analisados por RT-PCR, e estão expressos em camundongos KO machos de 3, 8 e 15 semanas de idade, mas não em camundongos controle. A transfecção do gene SOCS3 em cultura de células do córtex adrenal de camundongos KO mostrou uma redução da expressão de FAdE e de outros fatores diferencialmente expressos. A avaliação funcional da adrenal através da análise da presença de lipídeos no córtex adrenal de camundongos KO machos com 30 semanas, mostrou uma redução, quando comparamos com o controle, o que não foi observada através da quantificação da corticosterona plasmática em diferentes idades. Em resumo, mostramos a retenção da zX em animais que não expressam SOCS3 na glândula adrenal e que via JAK/STAT está menos ativa. A retenção da zX parece estar relacionada, através de um mecanismo ainda não desvendado, com a manutenção do enhancer de SF-1, o gene FAdE. Portanto, SOCS3 pode estar envolvido na diferenciação/renovação do córtex adrenal de camundongos por um mecanismo que precisa ser ainda elucidado. |