Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Machado, Ronny de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-02122024-180024/
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Resumo: |
Introdução: A reconstrução do ligamento cruzado anterior restaura a estabilidade da articulação do joelho, porém o risco do não retorno à atividade esportiva no mesmo nível prévio a lesão persiste. Isso pode estar relacionado à biomecânica da marcha alterada que, em alguns casos, persiste após a reconstrução ligamentar. Objetivo: Avaliar a biomecânica tridimensional da marcha, por meio de parâmetros cinemáticos, em pacientes submetidos à cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior com enxerto do ligamento da patela ipsilateral e do joelho contralateral, com um ano de pós-operatório e avaliar o desempenho muscular através da avaliação isocinética, e a análise de dois questionários SF-36 e EVA. Método: Foi realizado um estudo coorte retrospectivo. Foram selecionados pacientes submetidos a reconstrução do ligamento cruzado anterior com enxerto do ligamento da patela ipsilateral (GI) e contralateral (GC) com um ano de pós-operatório. Além disso, foi selecionado um grupo controle (GControle) de pacientes sem lesão. Os pacientes foram submetidos à avaliação da marcha, por meio do sistema 3D gait analysis, a avaliação isocinética de força e a aplicação do questionário de qualidade de vida e a escala visual análoga para avaliação da dor (EVA). O desfecho primário foi a biomecânica da marcha analisada na avaliação tridimensional. Os desfechos secundários foram os dados da avaliação de força isocinética, o questionário SF-36 e a EVA. Resultados: No total foram avaliados setenta e quatro participantes com média de idade de 28,6 ± 5,1 anos, sendo 53 (72%) do sexo masculino. Não houve diferença estatisticamente significativa na avaliação tridimensional da marcha entre os grupos. Os valores dos picos do ângulo de flexão do joelho para os grupos GControle, GI e GC foram respectivamente: 2,7° ±2,1, 3,6° ±2,9 e 2,4° ±1,8 (p = 0,15). Não houve diferença estatisticamente significativa com relação a simetria da força muscular entre os grupos GI e GC em que a diferença do pico de torque da extensão dos joelhos intragrupo apresentaram valores equivalentes: GI, 61 ±42 Nm e GC, 47 ±52 Nm (p= 0,1). Um comportamento similar foi encontrado nos valores da relação isquiotibiais/quadríceps: GI, 17 ±13% e GC, 16 ±14% (p= 0,55). Além disso, não houve diferença estatística na qualidade de vida (SF36): GI, 81 ±7,9 e GC, 82 ±11 (p= 0,34) e na percepção da dor (EVA): GI, 2,5 ±2 e GC, 1,6 ±1,2 (p= 0,11) independente da técnica utilizada. Conclusões: O grupo submetido a reconstrução do LCA com enxerto do ligamento da patela do joelho contralateral não apresentou melhores níveis de simetria nem níveis individuais dos membros inferiores com relação aos parâmetros cinemáticos da marcha comparados com o grupo ipsilateral. Além disso, não apresentou melhores níveis de desempenho muscular nem escores nos questionários SF-36 e EVA |