Atividade locomotora de Culex quinquefasciatus (Diptera: Culicidae) em condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Menzato, Marcela Mori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-26072023-151407/
Resumo: Ritmos biológicos de insetos vetores têm sido estudados com o objetivo de melhor compreender seus comportamentos e traçar estratégias de controle mais eficientes para reduzir a disseminação de patógenos. Culex quinquefasciatus possui competência vetorial para diversos patógenos de importância médica, como a filária causadora da Filariose Bancroftiana e o arbovírus West Nile (WNV). O presente trabalho tem como objetivo estudar a atividade locomotora de Cx. quinquefasciatus em diferentes condições fisiológicas, comparando machos, fêmeas virgens, fêmeas inseminadas, fêmeas alimentadas com sangue e fêmeas inseminadas e alimentadas com sangue. Além disso, comparamos a atividade locomotora de fêmeas inseminadas por cópula com machos com a de fêmeas inseminadas a partir da inoculação intratorácica de extrato de glândulas acessórias de seus machos coespecíficos. Nossos resultados mostraram que a atividade locomotora de machos e fêmeas de Cx. quinquefasciatus é noturna, com pico pronunciado no apagar das luzes. Observamos que tanto as fêmeas virgens quanto as inseminadas, após alimentação sanguínea, apresentam redução da atividade locomotora durante a escotofase em comparação com os demais grupos, especialmente as inseminadas e alimentadas com sangue. Em contrapartida, as fêmeas inseminadas e não alimentadas apresentaram aumento significativo na atividade locomotora durante a escotofase em comparação aos demais grupos. Ao compararmos os grupos de fêmeas não injetadas - virgens e inseminadas - com os grupos das fêmeas injetadas, observamos que estas apresentaram menor atividade locomotora do que aquelas. Entre as não injetadas, fêmeas inseminadas apresentaram maior atividade locomotora do que as virgens, enquanto, entre os grupos das injetadas, as fêmeas virgens inoculadas com glândulas acessórias de machos coespecíficos apresentaram maior atividade do que as inseminadas injetadas com solução salina. Esse estudo fornece importantes informações acerca da atividade locomotora dessa espécie, que podem ajudar na compreensão da dinâmica de transmissão de patógenos, direcionar novas pesquisas, além de auxiliar na elaboração de estratégias de vigilância e controles.