Influência dos músculos respiratórios na atuação do sistema estomatognático de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fabrin, Saulo Cesar Vallin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-18072018-184107/
Resumo: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) promove limitações mecânicas e encurtamento muscular que determinam a elevação do tórax, o aumento do volume residual e da capacidade residual funcional dos pulmões. Alterações do padrão torácico e na complacência pulmonar se correlacionar com as funções estomatognáticas por meio do osso hióide e da mandíbula. O objetivo deste estudo foi analisar a influência das desordens respiratórias decorrentes da DPOC no sistema estomatognático por meio de análise eletromiográfica. Participaram do estudo 40 indivíduos de ambos os gêneros com idade entre 40 e 80 anos, divididos em dois grupos: GD, grupo DPOC (n=20), média de idade de 65,65±8,11 anos e IMC de 24,92±2,97, estádio GOLD II a IV; e GC, grupo controle (n=20), idade média de 65,80±8,18 anos e IMC de 26,19±2,38, composto por indivíduos sem a doença. Os indivíduos foram submetidos as avaliações de eletromiografia de superfície para análise dos músculos do sistema respiratório e estomatognático; e força muscular respiratória por meio da manovacuometria. Os valores obtidos foram normalizados, tabulados e submetidos à análise estatística (SPSS versão 22.0) por meio do test t-student de amostras independentes (p<0,05). Em relação aos resultados, o sistema respiratório apresentou diferenças significativas (p<0,05) entre o GD e GC, em especial para o músculo diafragma nas condições clínicas de repouso, ciclo respiratório e inspiração máxima com menor atividade das fibras musculares, expiração máxima com maior atividade e redução da força muscular respiratória. O sistema estomatognático apresentou maior atividade (p<0,05) das fibras dos músculos masseteres nas condições clínicas de repouso e protrusão, e na lateralidade esquerda para os músculos temporal e esternocleidomastoideo direito, quando comparados os grupos GD e GC. Sugere-se, que as alterações encontradas na atividade do músculo diafragma decorrentes da restrição da mobilidade torácica, parecem estar relacionadas com alterações nas condições posturais da mandíbula, ocasionando aumento na atividade das fibras musculares relacionadas ao sistema estomatognático de indivíduos com DPOC.