Construção de uma escala de avaliação da adesão à profilaxia pós exposição sexual ao HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Carla Luiza da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-22072019-171324/
Resumo: Introdução: Os índices de infecção pelo HIV têm apresentado tendência de aumento entre jovens de ambos os sexos e a forma mais prevalente de infecção é a sexual. Neste aspecto, há a disponibilidade de medidas preventivas, dentre elas a profilaxia pós-exposição (PEP). Objeti-vos: elaborar a construção dos itens de uma escala de medida de avaliação da adesão de usuários dos serviços de saúde à PEP por exposição sexual consentida; validar por meio da validade de conteúdo a escala e analisar a psicometria da escala de avaliação da adesão de usuários dos serviços de saúde à PEP por exposição sexual consentida. Método: Estudo metodológico com elaboração de um questionário com itens de uma escala de avaliação que passou pelas etapas de validação de conteúdo, face e constructo. A validação de conteúdo foi realizada com 07 juízes e cálculo do índice de validade de conteúdo (IVC). A validação de face foi realizada com 10 pessoas selecionadas por amostragem não probabilística por conveniência. A validação de constructo teve uma amostra de 108 usuários de um centro de orientação e aconselhamento da cidade de Curitiba, Paraná. Esta validação foi realizada pela feita por análise fatorial explo-ratória (AFE), alfa de Cronbach, teste de qui-quadrado (p) e teste de G com as variáveis sexo, faixa etária, orientação sexual e escolaridade. O período de coleta de dados ocorreu de maio a dezembro de 2017. Resultados: A validação de conteúdo resultou da avaliação dos juízes, os quais indicaram a exclusão de 9 itens da escala inicial, após esta avaliação, foi aplicado o IVC, com um valor de 0,87. Após esta análise, foi realizada a correlação de Pearson intra-juízes, o qual mostrou p valor sem significância estatística e com um valor médio de respostas de 3,42, considerado aceitável. Na validade de face, 100% dos participantes concordaram com a escala proposta e afirmaram que a escala mede o que se propõem. Na validação de constructo por AFE utilizou-se o programa estatístico SPSS com a utilização da sintaxe com rotação Varimax e optou-se pela AFE forçada de 04 domínios, a qual teve uma distribuição mais homogênea entre os domínios. Após esta análise, fez-se o alfa de Cronbach, que mostrou valor de 0,813, eviden-ciando uma boa consistência interna da escala. Foram abordados 108 usuários, a maioria era do sexo masculino (84,36%), de orientação heterossexual (49,07%) com idade concentrada na faixa etária dos 20 aos 29 anos, escolaridade referida pela maioria de 12 anos ou mais (52,77%). Do total de usuários, 67 (62,04%) retornaram à reconsulta dos 30 dias e finalizaram o trata-mento. Nesta avaliação foi possível verificar que existe correlação do sexo masculino na adesão à PEP. Conclusão: conclui-se que a escala reuniu evidências de validade de conteúdo e de constructo, porém há a necessidade de confirmação dos resultados em uma nova amostra de validação e com re-especificação da análise para determinação da melhor solução fatorial glo-bal. Verificou-se que a utilização da escala pode facilitar a identificação de fatores que podem levar a adesão à PEP, possibilitando a realização de intervenções e buscando adesão ao trata-mento.