Expressão da proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP) em camundongos promove o controle da leishmaniose cutânea experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dantas, Francisca Elda Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-28082024-121655/
Resumo: A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada transmitida por vetores, sendo endêmica em 102 países ao redor do mundo. Estudos que avaliam o desenvolvimento da resposta imune, e diversos fatores imunológicos do hospedeiro foram identificados como ligados à proteção ou progressão da leishmaniose. O papel das frações de lipoproteínas (LP) na interação entre a leishmania e a célula hospedeira tem sido investigado. A proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP), envolvida no remodelamento das LP, demonstrou participar da resposta inflamatória e da evolução de quadros infecciosos. No presente estudo, avaliamos o impacto da presença da CETP na infecção por Leishmania (L.) amazonensis (L.a) em um modelo experimental de LC utilizando camundongos C57BL6/J transgênicos para CETP humana (CETP), tendo como controle seus irmãos de ninhada que não expressam a proteína, camundongos selvagens (WT). A progressão da lesão, após infecção no coxim plantar com promastigotas de (L.a) foi monitorada por 12 semanas. Dois grupos de animais foram formados para a coleta do coxim plantar na 4ª e 12ª semana pós-infecção. Observamos que a lesão aumentou a partir da 3ª semana , em ambos os grupos, com diminuição gradual a partir da 10 ª semana no grupo CETP comparado ao grupo WT , apresentando redução do parasitismo e melhora do processo cicatricial , redução das células CD68+, e aumento do CD163+ e CD206, caracterizando um perfil de macrófagos M2. Esses achados foram acompanhados da redução de células ARG1+ e aumento de células Na infecção, o perfil de LP mostrou aumento de triglicérides na fração de VLDL no grupo CETP em 12 semanas. A expressão gênica revelou diminuição do receptor CD36 no grupo CETP em 12 semanas, correlacionando-se com a cicatrização e diminuição parasitária. In vitro, macrófagos derivados de células da medula óssea de camundongos CETP apresentaram menor carga parasitária em 48 h, redução na atividade da arginase em 4h acompanhados do aumento na produção de NO em 4 e 24 h comparados aos macrófagos WT, corroborando os achados in vivo. Os resultados apontam que a presença da CETP exerce um papel importante na resolução da infecção por Leishmania (L.) amazonensis, reduzindo o parasitismo e modulando a resposta inflamatória no controle da infecção e reparo tecidual