Prevalência e classificação das recessões gengivais: estudo clínico observacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kondo, Vitor Artur Miyahara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-25102021-153118/
Resumo: O propósito desse estudo foi avaliar a prevalência e características das recessões gengivais de acordo com os critérios estabelecidos na nova classificação das doenças e condições periodontais e peri-implantares, bem como seu impacto na qualidade de vida. Foram incluídos 50 indivíduos de ambos os sexos, 18 anos, apresentando recessões gengivais vestibulares isoladas ou múltiplas. Os participantes foram examinados quanto às medidas de profundidade de sondagem (PS); perda de inserção clínica (PIC); sangramento à sondagem (SS) e índice de placa (IPl). Profundidade da recessão (ProfREC), altura de gengiva ceratinizada (AGC), espessura da gengiva (EG), presença de junção cemento-esmalte (JCE) detectável ou não (classes A e B, respectivamente) e presença (+) ou ausência (-) de degrau cervical também foram investigados. As recessões foram classificadas em 3 tipos: Recessão Tipo 1 (RT1), Recessão Tipo 2 (RT2) e Recessão Tipo 3 (RT3). O impacto das recessões na qualidade de vida foi determinado pelo questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Foram observadas 223 recessões em 1343 dentes analisados (16,60%). O número médio de recessões/paciente foi de 4,40 ± 2,74. Houve maior prevalência de recessões RT1 (72,20%), localizadas na região de pré-molares superiores (28,70%), apresentando em média 2,11 ± 1,22 mm de profundidade. A EG média foi 1,11 ± 0,38, enquanto que AGC média foi de 2,56 ± 1,65 mm, com predomínio de fenótipo gengival fino (51,12%). EG 0,8 mm estava significativamente associada com recessão (p< 0,0001; teste exato de Fischer). Não houve diferenças significantes entre os grupos com e sem recessão relativamente aos parâmetros clínicos investigados, com exceção de PIC, que foi maior em dentes com recessão (p< 0,0001; Mann Whitney). Dentes com RT1 apresentaram menor média de ProfREC, EG, P.S., PIC e IPl do que recessões RT2 e RT3 (p< 0,05; Kruskal Wallis pós-teste Dunn), com fraco impacto na qualidade de vida. Os resultados obtidos sugeriram que as recessões gengivais estão associadas com menor EG e AGC e maior PS, IPl e PIC.