Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Manuela Molina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-04082021-142931/
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Resumo: |
Introdução: As informações sobre baixa visão funcional na América Latina são escassas, principalmente nos indivíduos com menos de 50 anos de idade. Objetivos: Conhecer o perfil clínico e demográfico dos usuários atendidos no Ambulatório de Reabilitação Visual do Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (CER-HCFMRP-USP) e avaliar as prescrições de óculos e auxílios ópticos, bem como a aquisição dos mesmos. Material e Métodos: Revisão retrospectiva dos prontuários de pacientes atendidos no CER-HCFMRP-USP, no período de fevereiro de 2009 a junho de 2016. Foram divididos em três grupos etários: 0-14 anos (crianças), de 15-49 anos (adultos) e 50 anos e acima (idosos). Foi realizada coleta de dados clínicos e demográficos tais como: sexo, idade no primeiro atendimento, cidade de origem, acuidade visual com correção, doença que causou a deficiência visual, tratamento prescrito e aquisição dele. Resultados: 1393 foram incluídos neste estudo. As principais etiologias que levaram à baixa visão funcional em crianças foram: paralisia cerebral (n=143; 27,9%), toxoplasmose ocular (n=42; 8,2%) e retinopatia da prematuridade (n=40; 7,8%). Nesse grupo, 65,2% (n=334) das doenças eram de causas evitáveis. Em adultos jovens, retinose pigmentar (n=25; 7,4%) e distrofia de cones e bastonetes (n=22; 6,5%) foram as mais frequentes, enquanto em adultos com 50 anos ou mais, degeneração macular relacionada à idade (n=141; 25,3%), retinopatia diabética (n=98; 18,1%) e glaucoma (n=60; 11,1%) foram as principais causas. Conclusões: Os resultados deste estudo mostram que doenças de causas evitáveis são importantes causas de baixa acuidade visual em crianças e cuidados pré-natais adequados e campanhas educacionais podem reduzir essa frequência. O aumento da expectativa de vida no Brasil e na maioria dos países latino-americanos, além da epidemia de diabetes, provavelmente, aumentará a demanda por centros de reabilitação. O conhecimento das características da população de deficientes visuais funcionais pode ajudar no planejamento de políticas de saúde pública e a estruturação adequada de centros de reabilitação. |