A Educação Permanente em Saúde sob a ótica da gestão e do trabalhador da Atenção Básica 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Israel Victor de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-18062021-104253/
Resumo: A Educação Permanente em Saúde, contemplada pelo Ministério da Saúde como política institucional, constitui um dos pilares de estratégico potencial de transformação dos processos de trabalho no Sistema Único de Saúde. Como estratégica político-pedagógica pautada na realidade é permeada por inúmeros desafios que vão desde a fragmentação do cuidado em saúde a sobrecarga da força de trabalho na Atenção Básica. Diante desta perspectiva a presente pesquisa, de natureza quanti-qualitativa, obteve um painel brasileiro da Educação Permanente em Saúde a partir de dados secundários do Ministério da Saúde extraídos do censo de avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica no 2º Ciclo (2013) resultando num estudo transversal e descritivo com a amostra de (n=10.213) Equipes de Saúde da Família aderentes ao PMAQ-AB no período e paralelamente investigou por meio de um estudo qualitativo do tipo exploratório e descritivo a realidade da Educação Permanente em Unidades Básicas de Saúde da zona sul do município de São Paulo, sob a ótica de 25 trabalhadores das EqSF e 05 gestores da Atenção Primária à Saúde (n=30) por meio de análise de conteúdo temática. O presente estudo revelou o protagonismo dos trabalhadores em saúde na realização de ações formativas e a dinâmica troca de saberes realizada no cotidiano da Atenção Básica, a integração de equipes e valorização da Educação Permanente por gestores. Por outro lado, constatou que a política de Educação Permanente é atravessada por dificuldades como precária infraestrutura e escassez de recursos tecnológicos, sobrecarga de trabalho e incompreensão do conceito educação permanente por gestores e trabalhadores. O estabelecimento de uma cultura de Educação Permanente em Saúde após mais de uma década de sua criação ainda permanece como um \"desafio ambicioso e necessário\". Espera-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para a promoção de melhorias nos processos de gestão do trabalho e educação em saúde nos serviços e dar maior visibilidade às demandas dos trabalhadores e gestores na linha de frente da Atenção Básica no Brasil.