Associação entre gerenciamento local e a qualidade da gestão da atenção à saúde nas unidades de atenção básica em municípios do estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Monti, José Fernando Casquel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144197
Resumo: O estudo foca a importância fundamental da área de atenção básica à saúde no processo de desenvolvimento e operação do Sistema Único de Saúde, bem como, na implantação de redes, dado o caráter de coordenação do cuidado que se pretende com este compartimento do setor saúde. Estudo avaliativo, transversal, quantitativo, por adesão voluntária de unidade e município participante, teve por objetivo descrever alguns resultados do processo de aplicação do instrumento de autoavaliação QualiAB e investigar a associação dos variados níveis de qualidade entre a dimensão do gerenciamento local e a gestão da atenção à saúde. A coleta de informações foi realizada em 2010 e compreendeu 2735 unidades de atenção básica de 586 municípios paulistas, integrantes de todos os 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) da Secretaria de Estado da Saúde. A análise dos resultados percentuais de cada nível estabelecido de qualidade para cada um dos indicadores utilizados demonstrou grande heterogeneidade no panorama qualitativo do conjunto de unidades de atenção básica estudadas, mas com tendência de concentração nos níveis “intermediário” e “elevado” tanto para dimensão avaliativa gerenciamento local quanto na dimensão gestão da atenção à saúde. Na dimensão gerenciamento local as maiores proporções de unidades no nível mais elevado de qualidade se deram nos atributos: atividades de rotina do enfermeiro, atendimentos médicos não agendados e dispensação de medicamentos, enquanto as maiores proporções no pior nível de qualidade foram: forma de escolha de assuntos para tratar no conselho local de saúde, uso dos dados de produção e forma de agendamento de consultas médicas. Na dimensão gestão da atenção à saúde os percentuais mais elevados foram nas ações planejadas para saúde da mulher, início do acompanhamento da atenção pré-natal e ações realizadas na atenção ao adulto, enquanto as piores proporções se fizeram presentes no tratamento à sífilis na gestação, uso da sala de espera para atividades educativas e dispensação de preservativos. Através do tratamento não paramétrico foi possível estudar e confirmar, com forte consistência estatística, associação entre o domínio do gerenciamento local com o domínio da gestão da atenção à saúde, com influência recíproca nestes segmentos. Uma vez que o foco do processo avaliativo se concentra no processo de trabalho que se dá no interior das unidades de saúde é importante conhecer estes elementos bem como, a importância da qualificação dos profissionais para que se possa produzir intervenções que conduzam ao funcionamento que se espera nesse nível da atenção para que as redes de serviços de saúde funcionem adequadamente.