Os artesãos da pedra: arqueologia e museologia das vasilhas de pedra-sabão em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Vinicius Melquiades dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-19062012-104347/
Resumo: Vasilhas de pedra-sabão vêm sendo produzidas e utilizadas em Minas Gerais desde 2000 a.C., sendo reconhecidas hoje como artigos da indústria e comércio cultural, representativos de uma identidade mineira fortemente ligada ao Barroco. Sua ocorrência em sítios arqueológicos e museus, bem como o volume, o alcance de sua produção e comércio atual, chamam a atenção para a importância destes artefatos na história de Minas. Apesar disso, evidencia-se a falta de estudos que contemplem esta categoria de artefatos, levando a uma grande confusão no que se refere às informações sobre as vasilhas de pedra-sabão, instituindo inclusive uma memória forjada. A problemática da presente dissertação está focada no acompanhamento das relações coletivas estabelecidas durante a longa história de vida das vasilhas de pedra-sabão em Minas Gerais, ontem e hoje. Através da convergência de um estudo etnoarqueológico (Cachoeira do Brumado, Mariana), com o estudo das coleções (Museu de Artes e Ofícios, Belo Horizonte, Museu da Inconfidência, Ouro Preto e sítio arqueológico Faz. do Padre Fraga, Mariana), documentação primária e registro arqueológico, é possível o acompanhamento de como essas relações se davam no passado. No presente, além do estudo etnoarqueológico também houve o do processo de musealização, enfatizando como se forjou uma memória de pedra-sabão em Minas Gerais que inclusive desconsidera atores e informações acerca desse coletivo. A partir dos pressupostos da Arqueologia Simétrica, partindo da materialidade, pretendemos dissertar sobre aspectos que vão desde a busca de matéria-prima até a exposição ao público. Como resultado, pretendemos dissertar sobre possíveis caminhos para programas de extroversão do conhecimento e valorização e gestão desse patrimônio. Salientamos o altíssimo potencial para aplicação de programas de gestão pública e participativa que tenham como parte essencial de seus objetivos o aumento da qualidade de vida das comunidades. Tratando humanos e materialidade de maneira simétrica, propomos a construção de uma abordagem que traga novas vozes ao debate, considerando novas entidades na dinâmica coletiva que, uma vez vivas, influenciariam no andamento do bom mundo comum.