O retrato de uma subjetividade feminina em The portrait of a lady, de Henry James

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Mariana Souza e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-07062017-085440/
Resumo: The Portrait of a Lady (1881), obra de Henry James, conta a história da formação de Isabel Archer, uma jovem americana que se destaca por desejar ser livre e independente em um contexto em que se esperava da mulher que desempenhasse um papel apenas decorativo; por isso, é possível que sua caracterização seja associada a uma protagonista com características feministas. Porém, o desenvolvimento do enredo a leva a um casamento infeliz motivado por determinantes alheios, principalmente pelo interesse financeiro de outras personagens. Este trabalho tem o objetivo de analisar de que maneira a construção da subjetividade feminina da protagonista reflete, ou não, as questões sócio-históricas que marcaram seu contexto de criação, dentre os quais se destacam o início de uma consciência voltada à valorização feminina e busca pelos direitos das mulheres demonstrada pelo movimento pelo sufrágio universal. Em nossa análise consideramos os fatores sociais e políticos da época em que a obra foi escrita e revista, assim como os pressupostos da crítica literária feminista e crítica materialista, de forma a detectar na narrativa jamesiana as características que corroborem com um ponto de vista feminista sobre Isabel Archer, estendendo nossa leitura às personagens e fatos mais relevantes da obra. Assim, chegamos à conclusão de que a protagonista de The Portrait of a Lady apresenta características feministas, como o desejo pela independência, mas não pode ser considerada uma personagem feminista por ter sido subjugada e oprimida pelo poder patriarcal representado pelas figuras masculinas mais importantes à sua volta, principalmente por Gilbert Osmond, seu marido, que personifica nesta obra a dominação masculina total sobre a mente feminina. Contudo, sentimos que o enredo contém outras personagens e fatos que demonstram a força do insconsciente político daquele contexto, que se faz presente mesmo à revelia de seu autor, dentre eles outras personagens que caracterizam atitudes feministas. A importância deste estudo é posicionar uma forte protagonista feminina de Henry James dentre os estudos feministas sobre o Realismo do século XIX.