Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Godoy, Gabriel Gimenes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-06012023-172625/
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Resumo: |
Este trabalho de pesquisa tenciona assinalar o vínculo entre a reflexão literária elaborada pela escrita novelística de Henry James (1843-1916) e a perspectiva histórico-social que lhe subjaz. Com o intuito de reabilitar a procedência política da prosa do escritor norte-americano, vergastada por parcela da crítica, procuramos compreender o nexo que os procedimentos técnico-formais por ele mobilizados estabelecem com as questões candentes do tempo. Para tal, recorremos a The Princess Casamassima (1886), romance que destoa do conjunto das obras de James, pois se debruça sobre um tema pouco usual em sua produção: o mundo dos subúrbios londrinos, das sociedades secretas e da voga revolucionário-democrática que vicejou durante os anos finais dos oitocentos. A análise dos expedientes compositivos revelou não só o traço avançado das estratégias narrativas empregadas, mas também um padrão de reversão que articula o enredo: centrado na busca por autodeterminação do herói, Hyacinth Robinson, cindido entre o apreço pela cultura aristocrata e o apelo revolucionário em favor dos espoliados, o eixo de desenvolvimento do romance coloca frente a frente, em sucessão recíproca, posturas, proposições e alternativas político-sociais antitéticas; a esse movimento coordenado entre opostos, que renova a tensão por eles armada a cada passo da intriga, aproximamos o padrão de inversão contraditório pelo qual a sociedade burguesa se reproduz na época em que a narrativa transcorre. Procuramos, então, compreender a maneira como The Princess Casamassima retém criticamente em sua forma a contradição responsável por levar adiante um mundo à beira do colapso social, mas que, não obstante, logra reproduzir o mesmo quadro de relações iníquas, justamente, a partir da iminência de seu fim. Pretendemos defender que esta percepção histórica, plasmada na forma literária, não só permite restituir a fisionomia crítica de James como revela, também, uma consciência aguda das estratégias ideológicas pelas quais a cisão social se reproduz enquanto condição de funcionamento da ordem capitalista. |