\'Vai graxa ou samba, senhor?\': a música dos engraxantes paulistanos entre 1920 e 1950

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, André Augusto de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03122015-160256/
Resumo: Por meio da intertextualidade e da narrativa, esta dissertação aborda a relação dos pequenos engraxates ambulantes com a música produzida nas ruas da cidade de São Paulo, durante a primeira metade do século XX. As rodas de batucada organizadas informalmente por estes pequenos trabalhadores nas esquinas, praças e largos, nos momentos de intervalo entre um cliente e outro, eram muitos comuns na paisagem urbana do período. A prática contribuiu na formação de uma geração de sambistas paulistas e na consolidação do samba em São Paulo. Sujeitos ecléticos que se relacionavam com os mais diferentes estratos sociais, os lustradores de sapatos ocupavam as ruas paulistanas desde meados do século XIX e criaram, ao longo do tempo, uma forte imbricação com a cultura musical da cidade. Durante a década de 1940, alguns eram compositores e criticavam, em sambas, a repressão a qual estavam submetidos pelas autoridades, já que era proibido exercer o ofício nas ruas. Outros, se sobressaíram como batuqueiros e, quando adultos, destacaram-se como lideranças das principais escolas de samba de São Paulo. As fontes documentais empregadas na pesquisa são de origem policial, processual, crônicas, reportagens e depoimentos.