Paisagens poéticas na lírica de Albano Martins: natureza, amor, arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cintra, Sonia Maria de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-18082016-125409/
Resumo: Esta tese se propõe a demonstrar como, na poesia de Albano Martins, o sujeito poético se constitui um eu que se depara com paisagens entendidas como um conjunto de formas em mútuas relações que se apresentam tais quadros, despertando nele sensações e significados, obrigando-o a mobilizar valores, sentimentos, memórias relativas a experiências individuais e coletivas. As formas do mundo organizam-se em poemas pelo olhar do sujeito lírico e provocam nele emoções ligadas à sua percepção e vivência, que estão à flor da pele ou nas suas profundezas. Tudo isto em ebulição no eu lírico, na medida em que cria, erige-se como uma força criadora, Eros, uma capacidade de dar vida a uma folha de papel ou tela em branco, preenchendo-as com sua imaginação. O sujeito poético, após experimentar a angústia da criação, recria formas que lhe são oferecidas pela natureza em si ou por sua transfiguração em arte por outros artistas, com seu poder de verbalização poética. O resultado, trabalho de dotar o mundo de paisagens novas, são conjuntos de formas e significados na procura de preenchimento, poemas. Neste jogo de forma e vazio, múltiplo, perene e sempre renovado, modula-se a identidade criativa do sujeito poético, do poeta e sua cosmovisão. A visão de mundo na poesia de Albano Martins é a de busca angustiada que passa por perdas e ausências mas que alcança a plenitude nos encontros. Neste processo, envolve o leitor, ora atraindo-o, ora distanciando-o, ora fazendo-o coautor, Eros também ele na recriação da Natureza, do Amor e da Arte.