Compreensão de expressões idiomáticas no espectro do autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gibello, Isabela Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-01072019-142924/
Resumo: Sabe-se que o desenvolvimento da compreensão do significado das expressões idiomáticas (EI) na aquisição da linguagem típica é um processo contínuo que está presente desde o final da infância e se expande para a adolescência, mais precisamente entre os 7 e os 11 anos de idade. Estudos têm mostrado que o desenvolvimento da compreensão da linguagem figurativa é simultâneo ao desenvolvimento da Teoria da Mente (ToM). Outros estudos sugerem que indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) frequentemente apresentam desempenho ruim em ambas as tarefas. No entanto, devido à falta de estudos sobre o desenvolvimento da linguagem figurativa em indivíduos com TEA, é quase impossível tirar conclusões sobre o caminho do desenvolvimento dessas habilidades. Assim, esta pesquisa propõe a aplicação de um questionário contendo 10 expressões idiomáticas previamente selecionadas, com o objetivo de investigar a compreensão dessas expressões por crianças com TEA, que estão sendo atendidos em um serviço especializado. Os dados foram registrados e analisados estatística e descritivamente. Os resultados indicam que as crianças com TEA apresentaram desempenho bem inferior ao de crianças com Desenvolvimento típico pareadas por idade e sexo, no que diz respeito a EI isoladas. No entanto, quando essas expressões estão inseridas em contexto o desempenho dos participantes do G1 melhora significativamente, sem atingir o mesmo patamar dos participantes do G2. Por outro lado, não foram observadas diferenças significativas no desempenho em atividades de ToM entre os dois grupos. Também não foram observadas correlações relevantes entre o desempenho em ToM e a compreensão das expressões idiomáticas. Dessa forma, pode-se discutir a existência de associações entre as habilidades de metarrepresentação e a compreensão de linguagem figurativa. Fatores que devem ser levados em consideração são a diferença na escolaridade entre os grupos o que gera provavelmente uma diferença na experiência social linguística das crianças e, portanto, diferenças em seu desempenho. Nesse sentido o pareamento dos grupos por idade pode não ter gerado a similaridade almejada. Entretanto as diferenças no desempenho com e sem contexto, concordam com a literatura ao indicar a importância dos aspectos sociais da linguagem