Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Tassiana Fernanda Genzini de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-06102016-113657/
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Resumo: |
A psicologia histórico-cultural surgiu no início do século XX, na União Soviética, baseada principalmente nos pressupostos marxistas sobre a constituição do gênero humano. A principal contribuição que trouxe mostra que a relação do homem com o mundo não é uma relação direta da sua observação desinteressada, não é uma situação simples de estímulo-resposta, mas é mediada pela atividade num contexto social. O conceito de atividade não é o mesmo do senso comum e está inserido dentro da Teoria da Atividade, desenvolvida a partir dos trabalhos de Vigotski, por Leontiev e outros autores. A atividade dentro dessa teoria é sempre motivada por uma necessidade humana, construída socialmente, e acontece por meio de ações, ligadas a objetivos definidos, e por operações, ligadas às condições concretas de realização. Estudamos neste trabalho a evolução da relação do ser humano com o céu, e como a atividade \"observar o céu\" foi transformando a natureza e a própria essência do homem, como uma perspectiva singular. Com isso pudemos compreender de que forma os documentos curriculares, as pesquisas em ensino de astronomia e os profissionais da educação básica concretizam atividades de ensino para a \"observação do céu\", como perspectivas particulares de manifestação da história dessa ação, dentro do ensino da astronomia. Percebemos que esse tema está em ascensão nas propostas educativas e que tanto os currículos quanto os pesquisadores e professores reconhecem a importância da observação do céu para a constituição dos seres humanos; no entanto, apesar de constar das propostas curriculares e do conteúdo das pesquisas, a \"observação do céu\" ainda não é uma realidade nas práticas escolares, provavelmente por encontrar condições concretas pouco favoráveis, principalmente uma formação inadequada dos professores e a falta de materiais e infraestrutura necessárias para o trabalho na sala de aula. Fizemos uma análise, relacionando o movimento histórico lógico dos conceitos sobre o céu e o \"objeto de ensino céu\", procurando a essência desse conceito ao longo do seu desenvolvimento. Sugerimos uma proposta de situação desencadeadora de ensino, baseada nos resultados empíricos de nossa pesquisa sobre o conhecimento dos professores e a disponibilidade para ensinar astronomia, como é proposta pelos currículos. Essa proposta permitiria aos educandos tanto a apropriação da cultura humana desenvolvida ao longo da história, quanto desenvolver suas potencialidades como ser humano, como perspectiva universal, a qual favorece a construção de um pensamento teórico, num movimento de ascensão do abstrato ao concreto, definido na teoria que fundamenta este trabalho. |