Correções em medidas de consumo alimentar: aplicação na análise da correlação do consumo de cálcio, proteína e energia com a densidade mineral óssea em homens adultos e idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Jaime, Patrícia Constante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DMO
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-21072016-130546/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo descrever a relação entre o consumo de cálcio, proteína e energia pela dieta e a densidade mineral óssea do colo do fêmur em homens adultos e idosos de diferentes grupos raciais, aplicando estratégias de correções de medidas de consumo alimentar. É um estudo observacional, transversal, abrangendo 306 homens voluntários, com 50 anos e mais de idade. A DMO do colo do fêmur foi avaliada pelo exame de densitometria óssea por emissão dupla de raios X e o consumo de cálcio, proteína e energia pelo método de registro alimentar de três dias. As medidas de consumo de cálcio e proteína foram ajustadas pela ingestão energética utilizando-se análise de regressão linear. Os coeficientes de correlação e regressão foram corrigidos pela variabilidade intra e interpessoal de consumo, utilizando-se análise de variância. A média da DMO do colo do fêmur foi de 0,916 g/ cm2 (DP = 0,144). A média de consumo de cálcio bruto foi de 685,3 mg/dia (DP = 320,1 mg). O ajuste do consumo dos nutrientes pela energia ingerida não alterou as suas médias, mas reduziu o desvio padrão em 15 por cento para cálcio e 35 por cento para proteína. Verificou-se que o ajuste do consumo dos nutrientes pela energia ingerida reduziu a correlação com a DMO do colo do fêmur tanto para cálcio (-51,2 por cento ), como para proteína (-33,1 por cento ). E por sua vez, a correção pela variabilidade intrapessoal e interpessoal do consumo ajustado, resultou em aumento da força de correlação com a DMO em 25,9 por cento para consumo de cálcio, 15,7 por cento para consumo de proteína e 15,4 por cento para consumo de energia. Os consumos dos nutrientes não foram associados à DMO do colo do fêmur tanto na análise univariada como na múltipla, exceção para os indivíduos da raça negra que apresentaram correlação positiva e significativa da DMO com o consumo de cálcio, mas não independente do IMC. Os principais fatores associados à DMO do colo do fêmur foram idade, altura e índice de massa corporal. Atividade física de lazer foi associada positivamente a DMO da população branca, mas não da negra. Conclui-se que os ajustes e as correções feitas nas medidas de consumo de cálcio, proteína e energia foram importantes para obter-se melhor estimativa da real correlação entre as variáveis de consumo alimentar com a DMO do colo do fêmur.