Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rabelo, Nícollas Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-11112021-140139/
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Resumo: |
Introdução: A hemorragia subaracnóidea (HSA) causada por aneurisma intracraniano (AI) pode causar, aproximadamente, 50% de mortalidade entre pacientes na faixa etária laboral. A fraqueza estrutural do vaso arterial e sua ruptura ainda são fenômenos pouco compreendidos. Recentes avanços na detecção de DNA viral e a associação de vírus com doenças vasculares fomenta a hipótese de correlacionar a presença de DNA viral na parede do vaso arterial e o AI. O vírus Torque teno vírus (TTV), recentemente, foi descrito e possui alta prevalência na população mundial. Este vírus causa uma viremia no hospedeiro, associada a diversas infecções em estados de imunossupressão do paciente, como sepse e transplante. Por outro lado, o Pan-Herpes vírus humano (pan-HHV), também é muito prevalente. A presença de vírus pode levar a uma resposta inflamatória crônica silenciosa, consequentemente, fragilizando a parede dos vasos arteriais sistêmicos a longo prazo. Objetivo: Avaliar a presença de DNA viral dos vírus TTV e panHHV em tecidos arteriais de AI rotos e não rotos Método: 401 pacientes foram atendidos na Divisão de Clínica Neurocirúrgica do Hospital das Clínicas da FMUSP. Os pacientes foram divididos em dois grupos: os com aneurismas rotos (244) e os com aneurismas não rotos (177). Os vírus analisados foram pan-HHV e TTV nas amostras de tecido vascular cerebral. Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados para seleção da população do estudo. As amostras foram coletadas após a clipagem microcirúrgica e, em seguida, conservadas e submetidas à extração de DNA e à reação em cadeia da polimerase para TTV e pan-HHV, sendo analisados seus oito subtipos. Resultados: foram analisados 35 casos de pacientes elegíveis em que a coleta do material foi factível, destes 22 (62,8%) eram AIs rotos e 13 (37,2%) AIs não rotos. O gênero feminino representou a maior parte da amostra (n = 29; 82,9%), sendo 18 (81,8%) casos rotos e 11(18,2%) não rotos. Os vírus foram detectados em 16 amostras (46%). O TTV em 15 (43%) casos, sendo 10 (28,6%) rotos e cinco (14,4%) não rotos. Apenas um caso da análise revelou-se positivo para pan-HHV com detecção do Epstein-Barr (3%), sendo este paciente do sexo feminino, aneurisma roto e apresentando múltiplos aneurismas. Os aneurismas múltiplos corresponderam a 14 pacientes (40%) da amostra, sendo sete pacientes igualmente distribuídos entre os grupos roto e não roto. A associação entre presença do vírus e múltiplos aneurismas esteve presente em seis (17,2%, p=0,781) casos não sendo estatisticamente significativo. As associações entre a presença do vírus na parede de AI não roto e de AI roto, não se mostraram estatisticamente significativos (p=0,507). Conclusão: A presença de DNA viral de HHV e TTV na parede de AI, correspondeu a 46% da amostra, sendo estes 68% AI rotos. Este achado sugere que a infecção crônica viral pode desempenhar papel na fisiopatologia da formação de AI como fator de risco, no que se refere à influência da alteração da citoarquitetura do vaso, em razão do processo inflamatório envolvido |