Efeitos da suplementação de frutooligossacarídeos em parâmetros metabólicos em camundongos C57BL alimentados com dieta hiperlipídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bezan, Priscila Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05082019-114853/
Resumo: Uma dieta rica em gordura leva sabidamente a efeitos deletérios, associados a síndrome metabólica, por outro lado carboidratos como os frutooligossacarídeos (FOS) estão associados à melhora da saúde gastrointestinal e à prevenção do excesso de gordura corporal e das alterações metabólicas associadas. O presente estudo avaliou os efeitos em longo prazo de quantidades elevadas de FOS em parâmetros metabólicos, na esteatose hepática não alcoólica (EHNA) e nos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) de camundongos C57BL recebendo dieta normolipídica e hiperlipídica. Foram utilizados 60 animais divididos em seis grupos que receberam por quatro meses as seguintes dietas experimentais: controle (C), normolipídica rica em fibra (F), normolipídica suplementada com FOS (FOS), hiperlipídica (HL), hiperlipídica rica em fibras (HLF) e hiperlipídica com FOS (HLFOS). A dieta controle continha 5% de celulose microcristalina, enquanto a rica em fibras continha 15%; já as suplementadas com FOS, ambas continham 15% desse prebiótico. Foram analisados: peso dos animais; composição corporal; ingestão alimentar; glicemia de jejum; perfil lipídico sérico e hepático; histologias hepática e intestinal; malondialdeído (MDA), retinol e ?- tocoferol hepáticos; AGCC nas fezes. Ao final do período experimental não foi verificada alteração no consumo calórico entre os grupos, mas a suplementação com FOS na dieta hiperlipídica promoveu menor ganho de peso corporal e redução dos pesos do fígado e do tecido adiposo retroperitoneal em comparação ao HL e HF. O FOS preveniu a EHNA e diminuiu os níveis de da alanina aminotransferase e de colesterol sérico nos modelos experimentais animais de obesidade e síndrome metabólica (SM), mas sem alterações significativas no perfil lipídico hepático, na glicemia de jejum, na capacidade antioxidante total ou nas dosagens hepáticas de MDA, de retinol e de ?-tocoferol. Os grupos que receberam dieta rica em fibras não apresentaram melhora nos parâmetros metabólicos ou na EHNA como ocorreu com a suplementação de FOS, sendo que o grupo HLF apresentou aumento do MDA no fígado. Já na dieta normolipídica, o FOS e a celulose foram eficazes na preservação da vitamina E hepática. A histologia intestinal evidenciou que a dieta hiperlipídica aumentou o diâmetro total da luz intestinal e reduziu a espessura muscularentérica, sendo que tanto a suplementação com FOS como com celulose reverteram esses achados, sendo o FOS o mais efetivo. Já com relação aos grupos que receberam dieta normolipídica, houve diminuição da espessura muscular entérica tanto no grupo F como no FOS, sendo a celulose a que apresentou a maior redução, e o aumento do diâmetro da luz intestinal só foi verificado no grupo F. Por fim, não houve alteração nas dosagens dos três principais AGCC nas fezes. A suplementação em longo prazo com altas doses de FOS foi efetiva na redução do peso, da adiposidade, da EHNA e do colesterol sérico em camundongos C57BL com obesidade e SM induzidas por dieta hiperlipídica, além de prevenir parcialmente as alterações morfológicas do intestino presentes nesses modelos experimentais. Os benefícios encontrados com a oferta de altas doses de FOS não foram verificados nos grupos enriquecidos com celulose microcristalina