Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Marcus Vinicíus Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-15052018-104642/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é desenvolver nossa hipótese em torno dos alvos tonais, que seriam unidades fonético-fonológicas responsáveis pela mediação entre o nível representacional da entoação e o nível físico da implementação de F0. Os alvos tonais foram divididos em duas grandes categorias, topológicos e pontuais. Os primeiros ocorrem em um espaço limitado, denominado por Ferreira-Netto (2008) de tom médio. Os limites desse espaço são definidos pelos limiares de diferenciação tonal (LDT) e estão a +3 e -4 semitons do tom médio. Além e aquém destes limiares encontram-se as faixas de frequência do Foco/Ênfase. Nestas faixas os tons passam a ser eventos relevantes para os ouvintes que podem atribuir significados a eles. Aos tons que ocorrem nessa região demos o nome de pontual, uma vez que são eventos específicos. Para testar essa hipótese aplicamos o teste 1, no qual era solicitado aos participantes que repetissem uma sentença pré-gravada dotada de uma divisão entoacional marcante: na primeira parte tratava-se de uma voz masculina entoando uma frase declarativa, na segunda parte uma voz feminina entoando uma frase interrogativa. De um total de 15 participantes obtivemos 24 amostras, contando repetições intra-sujeitos. A análise foi conduzida em duas etapas, na primeira avaliamos a capacidade do falante detectar o alvo tonal topológico subjacente à primeira parte do estímulo e reproduzi-lo. Na segunda etapa, avaliamos a capacidade do falante em detectar o alvo pontual caracterizado pela interrogativa e implementá-lo em sua fala. A análise da primeira condição foi feita por meio do que denominamos índice de relação (ir), que media o grau de correlação entre o estímulo e a repetição do falante. A análise revelou que os participantes demonstraram uma grande acuidade na execução da tarefa, o que sugere que os falantes são capazes de monitorar a implementação da frequência fundamental, a partir da detecção dos alvos topológicos. Já a segunda análise demonstra que a implementação dos alvos pontuais pode ser aleatória em certa medida, uma vez que ela não precisa respeitar um limite específico, apenas um limiar. Na segunda parte do trabalho aplicamos um método semelhante, voltado à análise da fala emotiva atuada em três condições: raiva, tristeza e neutra. A frase consistia de um trecho de um livro de ciências lido nessas três emoções por atrizes profissionais, a análise por meio de testes de hipótese (n=196, p<0,005) revelou que os alvos topológicos entre as condições eram distintos, o que sugere que o espaço entoacional e a variação de frequência em seu interior podem ser uma pista significativa para a distinção da fala emotiva. |