Mortalidade em transtornos mentais no estudo UK Biobank

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barros, Vivian Boschesi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6141/tde-02122022-162345/
Resumo: Introdução - Vasta literatura tem associado transtornos mentais a uma mortalidade aumentada. Porém, poucos estudos sobre o tema identificaram transtornos mentais através de questionários validados. Além disso, pouco se sabe sobre a contribuição de fatores de risco modificáveis para explicar o excesso de mortalidade associado a transtornos mentais. Objetivo - Utilizar dados do UK Biobank, um grande estudo prospectivo que recrutou meio milhão de participantes de meia idade e idosos entre 2006 e 2010, para investigar: (I) a mortalidade relativa e as causas de morte associadas a uma ampla gama de transtornos mentais; (II) padrões de combinações de transtornos mentais e a mortalidade relativa associada a essas combinações; e (III) a contribuição de fatores de risco modificáveis para explicar o excesso de mortalidade associado à depressão. Transtornos mentais foram identificados por variados métodos, incluindo um Questionário de Saúde Mental completado por cerca de 160.000 participantes, diagnósticos registrados durante internações hospitalares obtidos via linkage e diagnósticos autorrelatados. Métodos - Foram obtidas estimativas de mortalidade relativa por todas as causas associadas a diferentes transtornos mentais e suas combinações com modelos de regressão de Cox ajustados por idade (ou idade e sexo). Padrões de combinações de transtornos mentais foram explorados através de mineração de regras de associação. Um método baseado em modelos de regressão de Cox foi utilizado para estimar a porcentagem do excesso de mortalidade associada à depressão explicada por fatores de risco modificáveis. Resultados - A maioria dos transtornos mentais e combinações de transtornos mentais se associaram com maior mortalidade, independentemente do método de identificação. Cerca de 70% da mortalidade em excesso associada à depressão pôde ser explicada por fatores de risco modificáveis. Conclusões - Em uma grande amostra de indivíduos de meia idade e idosos no Reino Unido, transtornos mentais e suas combinações estiveram consistentemente associados a uma maior mortalidade. Em depressão, essa associação parece ser explicada em grande parte pela presença de fatores de risco modificáveis.