Saúde bucal na estratégia saúde da família em Fortaleza: da decisão política ao financiamento compartilhado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Martins Filho, Moacir Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-07052021-150401/
Resumo: O governo municipal de Fortaleza (2005-2008), empossado em janeiro de 2005, reorientou a política pública de saúde na cidade e desenvolveu um novo modelo de atenção à saúde bucal. Neste estudo analisou-se como foi o financiamento dessas ações pelas três esferas de governo, o curso histórico da implantação das políticas públicas municipais de saúde bucal, a implementação do novo modelo de atenção e, ainda, o processo de gestão que levou à tomada de decisão de incluir equipes de saúde bucal na estratégia saúde da família. Trata-se de estudo analítico-crítico, incluindo construção retrospectiva, dentro da lógica geral do método histórico. O trabalho toma o município de Fortaleza como caso e, para empreender a análise, vale-se da literatura sobre o assunto e entrevistas com atores-chave. As entrevistas foram semi-estruturadas e realizadas com os principais atores que no período da segunda metade do século XX e começo do século XXI estiveram envolvidos com a gestão da saúde na cidade. A literatura e as entrevistas permitiram remontar o curso histórico da política de saúde bucal em Fortaleza. Constata-se a insuficiência do financiamento para as ações de saúde bucal requeridas para a população do município, notadamente com a pífia participação da esfera estadual. Destaca-se uma modelo como um recipiente das possibilidades dos tomadores de decisão e aponta-se o marco conceitual da Saúde Bucal Coletiva como sustentáculo do modelo em desenvolvimento, contudo com as lacunas e insuficiências de enraizamento popular, o que implica tensões e requer protagonismo político dos setores interessados na consolidação desse novo modelo da atenção em saúde bucal.