O cativeiro à sombra: estrutura da posse de cativos e família escrava no Grão-Pará (1810-1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barroso, Daniel Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-08122017-154641/
Resumo: A relevância econômica e social da escravidão negra na Amazônia é um fator que tem permeado as mais diversas leituras empreendidas sobre a formação histórica da região dos estudos clássicos elaborados na segunda metade do Oitocentos à historiografia contemporânea. Desde a sua completa desconsideração a uma noção de uma perda de importância prematura, a participação dos escravos na economia do Pará oitocentista permanece numa zona de opacidade na historiografia. A partir da análise serial de inventários post-mortem e outras fontes, o presente estudo tem como objetivo revisitar a compreensão do escravismo paraense entre 1810 e 1888, através do exame de dois dos elementos basilares da economia e da demografia da escravidão: a estrutura da posse de cativos e a família escrava. Haja vista a existência de um mútuo condicionamento entre a economia e a demografia da escravidão, o estudo apresenta a tese de que a reprodução endógena dos escravos representou um elemento primordial para a manutenção da importância econômica da escravidão no Grão-Pará, ao longo de todo o século 19, pelo menos nos casos das três regiões paraenses ora privilegiadas: Belém, capital e principal núcleo urbano, e Baixo Tocantins e Zona Guajarina, que constituíam um dos principais cinturões agroextrativistas da capitania e depois província do Grão-Pará.