Famílias escravas em Angra dos Reis, 1801-1888

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Vasconcellos, Marcia Cristina Roma de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-19072007-103137/
Resumo: Em Angra dos Reis, a população local, na primeira metade do século XIX, dedicava-se ao autoconsumo e ao mercado interno. Desenvolveram-se o comércio e os transportes, pois seus portos foram um dos principais meios de escoamento do café do vale do Paraíba fluminense e paulista, dinamizando a vida econômica. Entretanto, ao longo da segunda metade do Oitocentos, instalou-se, gradativamente, um quadro de transformações econômicas e demográficas, resultante do término do tráfico de escravos e da diminuição do movimento portuário em função da chegada da estrada de Ferro D. Pedro II ao vale. Diante desse panorama, analisamos as características e o grau de estabilidade das famílias escravas, entre 1801 e 1888, e de que forma foram atingidos na segunda metade do século XIX. Tais reflexões tiveram como parâmetro os dois núcleos básicos familiares: os formados pelo casal sem ou com filhos e aqueles constituídos por mães solteiras e filhos. As fontes principais utilizadas foram os inventários post-mortem e os registros de batismo e de casamento. Avaliamos, também, temas como, o matrimônio, a maternidade, o intercurso sexual, as famílias extensas, as famílias fraternas e o compadrio. Realizamos um mapeamento econômico, verificando o evolver da estrutura de posse de escravos e os tipos de produções encetados; bem como o perfil demográfico da população livre e cativa. Para isso, manuseamos documentos como, o Jornal do Commércio, o Almanak Laemmert, os recenseamentos de 1840, 1850 e de 1856, o Censo Nacional 1872 e os relatos de viajantes e cronistas. Portanto, com o presente estudo, desejamos contribuir para a produção do conhecimento sobre a escravidão e o litoral sul-fluminense, trazendo à tona a história das famílias cativas