Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Henrique Luis da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-15032021-112254/
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Resumo: |
Este trabalho envolve o desenvolvimento e a validação de um método analítico para determinação de abamectina e difenoconazol em amostras de morango, abelhas jataí e mel por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas sequencial (LCMSMS), bem como a utilização de biomarcadores para avaliação das alterações bioquímicas em abelhas jataí. Atualmente, uma das maiores barreiras comerciais que o Brasil tem encontrado para a comercialização de seus produtos é a falta de informações sobre a presença de resíduos em alimentos produzidos no país. Devido à complexidade das matrizes de origem vegetal e das baixas concentrações dos agrotóxicos presentes, há uma grande necessidade de desenvolvimento de métodos analíticos eficientes e confiáveis para a identificação e quantificação dos resíduos. O método desenvolvido foi validado por meio dos parâmetros analíticos de seletividade, limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ), linearidade, exatidão e precisão, conforme o guia Sanco para análises de resíduos de agrotóxicos em alimentos e, posteriormente, amostras de morango, mel e abelhas da região de Bom Repouso foram analisadas. Os agrotóxicos são considerados um dos principais fatores do declínio populacional das abelhas e substâncias antioxidantes podem auxiliar na proteção desses insetos contra esses produtos. Foram avaliados o efeito oxidante da abamectina e do difenoconazol em abelhas sem ferrão (Tetragonisca angustula). As abelhas submetidas aos tratamentos tópicos foram anestesiadas com CO2 e receberam 0,5 μL de solução dos agrotóxicos no pronoto com doses previamente estabelecidas (0.0, 3,0, 6,0, 12,0, 24,0, 48,0 e 96,0 ng de abamectina e difenoconazol/μL de solução), aplicadas com uma micropipeta. Abelhas submetidas aos tratamentos de contaminação oral receberam solução de sacarose com as concentrações de abamectina e difenoconazol determinadas anteriormente (0,0, 0,005, 0,01, 0,03, 0,1, e 0,5) durante 24 e 48 horas. O inseticida abamectina foi considerado altamente tóxico para essas abelhas, tanto por via tópica como oral. A intoxicação tópica resultou em uma DL50 (48 horas) de 1,61 ngi.a./abelha. A contaminação oral resultou em uma CL50 (48 horas) de 0,73 ngi.a./μL de solução de sacarose. Após os testes de toxicidade 48 horas da alimentação e com a mortalidade de 50% dos indivíduos, foi preparado homogenato do cérebro e avaliados: atividade das enzimas glutationa peroxidase (GPx) e catalase (CAT), glutationa reduzida (GR), glutationa oxidada (GSSG), superóxido dismutase (SOD). Portanto, concluiu-se que o método proposto pode ser aplicado de forma eficiente para a determinação de resíduos de agrotóxicos nas diferentes matrizes avaliadas, com as adaptações necessárias no método desenvolvido, mostrou-se eficiente para a extração e clean-up dos extratos de morango, abelha e mel. Em todos os homogenato de cérebros analisados foram encontradas bandas polipeptídicas diferenciais de 20 e 118 kDa. Desta forma, esses resultados abrem perspectivas para estudo de biomarcadores proteicos da qualidade ambiental das abelhas sem ferrão expostas aos xenobióticos utilizados em lavouras. |