Análise de resíduo de pesticidas em amostras de mel da região de São Carlos-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guinther, Lenita Pessôa Altoé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
mel
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75135/tde-11012022-111252/
Resumo: As abelhas são, sem dúvida, insetos de grande utilidade para o homem, já que promovem a polinização das flores e ainda fornecem mel, cera, geleia real, pólen, produtos amplamente aproveitados como alimento natural ou ainda com finalidades medicinais preventivas e curativas. O mel é um produto exclusivo das abelhas, um adoçante natural rico em substâncias nutritivas, o mesmo é resultado da ação das abelhas sobre o néctar retirado de flores ou das secreções provenientes de plantas e das excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas. As abelhas recolhem, transformam e combinam estas matérias-primas com substâncias específicas e próprias, armazenando e deixando-os maturar nos favos da colmeia. Os resíduos de agrotóxicos estão entre os compostos de interesse devido aos riscos à saúde humana e à saúde das abelhas. Os agrotóxicos imidacloprida e tiametoxam são utilizados em diversos monocultivos, como por exemplo: batata, algodão, soja, café, entre outros, já que esses cultivos são muitos vulneráveis a pragas e requerem fumigações intensas. Consequentemente, o mel produzido pelas abelhas pode ser também contaminado por esses agrotóxicos e seus possíveis produtos de degradação. As amostras de mel da região de São Carlos-SP foram estudadas, sendo grande parte delas produzidas pela abelha Apis melífera, africanizada. Nesse estudo foi usado o método QuEChERS (Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged, Safe) para a extração do tiametoxam e imidacloprida em amostras de mel, no intuito de quantificação desses neonicotinóides. Para o desenvolvimento e validação do método analítico foram usadas amostras de mel do meliponário do Centro de Recursos Hídricos e Estudos Ambientais, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) - USP e para a aplicação do método desenvolvido, amostras de mel adquiridas no comércio de São Carlos-SP. A fase móvel utilizada foi de acetonitrila e água, ambas acidificadas com 0.1% de ácido fórmico. Os parâmetros analíticos de validação do método desenvolvido incluíram faixa linear de trabalho 400 a 1000 µgL-1, os limites de detecção e quantificação encontrados na validação foram de 0,02 e 0.09 µgL-1 para ambos os analitos e uma recuperação do método em torno de 83 a 110%. Apenas o mel de jataí apresentou 215,6 µgL-1 de imidacloprida. Os agrotóxicos não foram detectados nas demais amostras utilizadas neste estudo.