Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cartolano, Flavia de Conti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-10102018-080400/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Apesar de classicamente a lipoproteína de alta densidade (HDL) ser descrita como um fator de risco independente para as doenças cardiovasculares (DCV), devido ao seu papel no transporte reverso de colesterol (TRC), atualmente sabe-se que esta partícula exerce múltiplos mecanismos biológicos que podem contribuir para esta cardioproteção, com estudos indo além do conteúdo de colesterol associada à HDL (HDL-C). OBJETIVO: Avaliar o impacto da suplementação de ?-3 no perfil de ácidos graxos, tamanho e capacidade antioxidante da HDL. MÉTODOS: Estudo clínico, aleatorizado, controlado, duplo cego e paralelo, onde foram incluídos 147 indivíduos adultos, com fatores de risco cardiovascular, que foram alocados no grupo ?-3 (n=77 - 3,0 g/dia contendo 1,8 g de EPA+DHA) ou no grupo ?-6 (n=70 - 3,0 g/dia de óleo de girassol contendo 1,95 g de ácido linoleico). No início (T0) e após 8 semanas (T8) amostras de sangue foram coletadas e, a partir do plasma ou soro, foram analisados o perfil lipídico (CT, HDL-C, LDL-C, TG), as apolipoproteínas AI, CII e CIII, as subfrações da HDL (Lipoprint®), a atividade da paraoxonase (PON1) e da proteína transportadora de éster de colesterol (CETP), a capacidade antioxidante da HDL (método experimental) e o perfil de ácidos graxos e conteúdo de AGNEs da HDL. Os resultados do efeito do tempo, da intervenção e das interações entre os parâmetros monitorados e os desfechos foram realizados com o auxílio do programa SPSS® versão 20.0. O valor de significância considerado foi de p<0,05. RESULTADOS: Os grupos ?-3 e ?-6 eram semelhantes entre si em relação a idade, sexo, tabagismo e uso de medicamentos, ambos apresentando alta prevalência de hipertensão e dislipidemia. Nos dois grupos, houve redução em todos os marcadores lipídicos, exceto a concentração de HDL-C, que aumentou. Observou-se o efeito do tempo no conteúdo de HDLAGNEs (?=-16,2%), no percentual de HDLGRANDE (?=20,1%) e de HDLPEQUENA (?=-5,0%). O aumento de EPA na HDL se associou à menor chance de ter elevação da atividade da PON1 (OR=0,446; IC=0,200-0,994), da concentração de HDLAGNEs (OR=0,275; IC=0,113-0,660) e do percentual de HDLPEQUENA (OR=0,337; IC=0,146-0,782). Observou-se ainda que o EPA se associou a, aproximadamente, 3,5 mais chances de aumento no percentual da HDLGRANDE (OR=3,522; IC=1,652-7,507). Quanto ao aumento de DHA na HDL, este esteve associado de maneira significativa à diminuição da concentração de Apo AI (OR=0,351; IC=0,150-0,821), além da atividade da PON1 (OR=0,226; IC=0,110-0,639) e da concentração de HDLAGNEs (OR=0,275; IC=0,113-0,668). Resultados similares aos obtidos com o EPA foram observados para o DHA e o tamanho da HDL. Não foi constatado efeito da incorporação de EPA e DHA na resistência à oxidação. CONCLUSÃO: A intervenção com ?-3 promoveu mudanças na composição da partícula de HDL, aumentando o percentual das subfrações maiores, sem, contudo, modificar sua capacidade antioxidante. |