Efeito da suplementação com microalgas ricas em ácido docosahexaenóico durante o período periparto sobre a involução uterina de éguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Villela, Saulo Baracat
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DHA
EPA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-26022019-155454/
Resumo: O presente estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar o efeito da adição de suplemento contendo microalgas ricas em ácido docosahexaenoico (DHA) no período periparto sobre o processo de involução uterina de éguas. Foram utilizadas 18 éguas sem raça definida, com 410 ± 39,5 kg (média ± desvio padrão) de peso corporal, 7,83 ± 2,01 anos de idade e escore de condição corporal 5,39 ± 0,61. Noventa dias antes da data de parto prevista, os animais foram aleatoriamente alocados para receber um dos tratamentos experimentais: CONT: sem a adição de suplemento rico em microalgas; e ALG: com a adição de 0,06 g/kg de peso corporal/dia de microalga (All-G Rich®, Alltech, Nicholasville, KY). As éguas foram mantidas em pastagem de Cynodon e receberam 1 kg/dia de concentrado no pré-parto e 2 kg/ dia após o parto, divididos em dois fornecimentos diários. As éguas foram avaliadas por palpação retal, ultrassonografia no modo B e Doppler, aos 3, 7, 11, 15 após o parto e 4 e 7 dias após a primeira ovulação pós parto. Os dados foram divididos em avaliações pós parto (3, 7, 11 e 15 dias) e pós ovulação (4 e 7 dias) e foram avaliados como medidas repetidas no tempo, utilizando o PROC MIXED do SAS (versão 9.3). Independentemente (P ≥ 0,508) do tempo de avaliação, a adição de suplemento rico em microalgas não afetou (P ≥ 0,265) o diâmetro do endométrio. Em relação aos animais do grupo CONT, os animais do grupo ALG apresentaram menor (P = 0,042) diâmetro do mesométrio do corno gestante após o parto e tenderam (P = 0,093) a apresentar menor diâmetro no corno não gestante. Os diâmetros do endométrio e mesométrio foram afetadas (P < 0,001) pelo tempo de avaliação pós parto. De maneira geral, com a passagem do tempo, os diâmetros foram reduzidos. Nem a adição de microalgas (P ≥ 0,185), nem o tempo de avaliação (P ≥ 0,164) afetaram a vascularização do endométrio e do mesométrio. A suplementação com microalgas aumentou (P = 0,004) a ecogenicidade uterina pós parto, sem afetar (P ≥ 0,392) a presença de fluido uterino, o diâmetro do folículo dominante, os intervalo entre o parto e a primeira ovulação, assim como o escore de condição corporal dos animais. Independentemente (P ≥ 0,523) do tratamento, com o passar do tempo, houve redução (P ≤ 0,05) da quantidade de fluido uterino e aumento (P ≤ 0,05) do diâmetro do folículo dominante. A suplementação com microalgas ricas em DHA na dieta de éguas, apesar de reduzir o diâmetro do mesométrio e aumentar a ecogenicidade uterina, não afeta a recuperação uterina pós-parto, nem reduz o intervalo entre o parto e a primeira ovulação.